Tia Eron não aparece e votação da cassação de Cunha é adiada

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados adiou a votação de parecer pela cassação do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que estava prevista para esta terça-feira, 7.

O relator do caso, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), pediu “mais tempo” para analisar voto em separado apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), pedindo a suspensão do exercício do mandato de Cunha por três meses, em vez da cassação.

“O prazo que solicitei leva em conta especialmente o voto apresentado em separado. É um voto que apresenta várias preliminares e ao final sugere uma condenação alternativa”, defendeu o relator. “Não seria correto da parte deste relator simplesmente ignorar a manifestação apresentada”, completou.

Ausência

O adiamento da votação também atende aos anseios de deputados que defendem a cassação de Cunha, já que a sessão desta terça não contava com a presença da deputada Tia Eron (PRB-BA), considerada voto decisivo no conselho.

A parlamentar baiana passou quatro horas trancada na sala da liderança do PRB no prédio da Câmara e, para fugir do assédio de parlamentares anti-Cunha, só deixou o local após o adiamento da votação. Irritada com a presença da imprensa, pediu “paz” para analisar o voto em separado do deputado João Carlos Bacelar.

Em nota após a suspensão da sessão do conselho, Tia Eron afirmou que está em Brasília e que não se “furtará” de cumprir seu dever. Argumenta ainda que a reunião desta terça serviu para a discussão do parecer de Rogério, e que se a votação tivesse ocorrido, teria apresentado seu voto.

“A referida sessão não foi suspensa porque eu não me fiz presente, mas pelo fato de o relator, deputado Marcos Rogério, ter pedido vistas do voto em separado”, disse a parlamentar. “Estou convicta da grande expectativa que há em nosso país, referente a esta representação.”

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