Universitários baianos criam softwares para fortalecer rede de combate à violência contra a mulher

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Com o tema ‘Respeita as Mina’, a primeira edição do projeto ‘Desafios Bahia Hackathon’ estimulou o desenvolvimento de tecnologias que contribuam para o fortalecimento da rede de atenção à mulher em situação de violência. Sete projetos nas modalidades WEB e aplicativos de celular foram apresentados, na tarde de domingo (4), por grupos de programadores, hackers e inventores, no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro de Ondina, em Salvador.

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“Este é  um evento que está na sua primeira edição. A temática é dedicada à segurança das mulheres, que são ou já foram vítimas de violência. É um tema importante e que sempre precisa ser abordado. A tecnologia pode ser um caminho para a gente reduzir os números de violência de gênero”, afirmou o chefe de gabinete da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), Rodrigo Hita.
O evento foi promovido pela Secti, em parceria a Secretaria de Política Para Mulheres do Estado (SPM), Ufba, Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodeb) e a Polícia Militar da Bahia. Na competição, o grupo vencedor ganhou ingressos para o Campus Party – um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, que será realizado na Bahia, em agosto deste ano -, enquanto segundo e terceiro colocados vão ganhar consultoria para desenvolver os respectivos projetos.

Desafio cria softwares para fortalecimento da rede de atenção à mulher em situação de violência Foto: Carol Garcia/GOVBA

Desde o  início do desafio, no sábado (3), até a apresentação, foram 33 horas de produção e ansiedade. A universitária Ana Caroline Cerqueira foi integrante da equipe vencedora, que criou um sistema que aproxima a Operação Ronda Maria da Penha das vítimas de violência de gênero assistidas. “Criamos um tipo de diário digital para a que a Polícia Militar possa acompanhar o dia a dia das vítimas e, mesmo sem estar presencialmente, em determinados momentos, vai poder se comunicar com ela. Além disso, o sistema também contabiliza ocorrências e gera relatórios que vão poder ser avaliados”.

De  acordo com a subcomandante da Ronda Maria da Penha, capitã Ana Paula Costa, os dados organizados em um software pode suprir uma carência tecnológica da atividade policial. “Nossos registros são manuais, e precisamos evoluir neste sentido. Perdemos muito tempo, por exemplo, para registrar as ocorrências e para unir as informações. A organização das informações é uma iniciativa estratégica, que vai nos ajudar a melhorar nossos serviços e ampliar a proteção das vítimas”.

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