Pastor que já foi traficante e dependente químico conta seu testemunho: “Vivia um vazio muito grande”

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O ingresso no mundo das drogas possui várias facetas. Nenhuma delas, no entanto, é maior do que a falta de estrutura familiar, a referência positiva dos pais e a falta de um relacionamento autêntico com Deus. O ex-traficante Leonardo Matos sabe muito bem o que é isso e atualmente ele utiliza seu testemunho como exemplo para quem está mergulhado na dependência química.

O pastor Matos foi entrevistado no programa “Prova Viva”, da Rede Super. Ele contou que apesar de ter nascido em uma família boa, a falta de Deus em sua casa fez com que sua família não suportasse os momentos de crise. “Minha família se desestruturou e logo chegaram meus problemas”, disse ele.

“Vivia um vazio muito grande e eu buscava uma coisa que eu não tinha. Foi quando aos 13 anos, em uma ausência da minha mãe, levei alguns amigos para casa”, descreve o pastor, explicando algo comum para quem inicia o uso de drogas, que é a influência dos amigos.

Naquele momento um dos seus amigos lhe ofereceu um cigarro de maconha. O fato de aos 13 anos ele já ter experimentado bebidas alcoólicas, na busca de preencher o seu vazio, lhe fez acreditar que a maconha poderia suprir sua carência emocional: “Pensei então que a maconha poderia saciar a vontade que eu tinha”, disse.

“Eu tive aquela experiência e não satisfeito fui buscando mais, porque já tinha entrado em outro universo. Aquilo aconteceu e começou a se repetir com frequência. Toda semana e depois todo dia. Com 14 anos eu experimentei o crack. Foi outra experiência, mas da mesma forma a busca continuava”, disse o pastor Matos.

O ingresso no mundo do tráfico e a evolução da dependência química

O pastor Matos continuou descrevendo algo que também é comum entre usuários de drogas, que é a evolução da dependência química. Alguns, para sustentar o vício, chegam à traficar, precisando “trabalhar” para o tráfico como forma de manter o vício.

“Quando eu vi, já estava vendendo quilos de maconha. Então a minha experiência não ficou só no crack, eu passei para cocaína, para o ecstasy, LSD e outras drogas sintéticas. Vivi em um universo de muitos de muitos jovens e adolescentes, usando drogas. Então eu passei a vender cartelas de LSD e pacote de ecstasy, tanto para o meu uso como para o uso dos meus amigos”, disse ele.

“Eu percebi que eu já usava drogas antes de qualquer coisa e depois de qualquer coisa. A minha mãe tomou uma iniciativa e me tirou das más companhias. Mas quando eu me mudei, o meu vazio me acompanhou. Houve algumas proteções colocadas para que eu ficasse longe das drogas, como terapia. Mas o meu vazio continuava lá”.

A libertação da dependência química através de Jesus Cristo

O que o até então o traficante Leonardo buscava, na verdade, era algo que nenhuma substância química ou sensação de prazer carnal poderia satisfazer. O seu vazio era do tamanho de Deus e só o amor de Jesus Cristo poderia suprir. Por essa razão os métodos tradicionais de tratamento da dependência química não tiveram sucesso em sua vida.

“Então eu fui convidado para ir em uma casa. Eu tinha todos os sinais de que precisava de algo, que estava vazio. E foi nesse ambiente que escutei o Evangelho pela primeira vez. Que Jesus me ama, que Ele tem um plano para minha vida, que eu pequei e que os meus pecados me impedem de escutar do amor de Deus para mim”, disse.

“Naquele momento eu disse que queria entregar minha vida para Jesus e chamei Cristo para entrar na minha vida. Ele de fato entrou eu comecei a ter experiências com Deus de forma que ele preencheu, me saciou”, lembra o pastor.

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