35% das salas de vacinação no país precisam ‘abandonar’ carteirinha de papel e adotar novo sistema digital

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Como o Brasil vai controlar, de fato, o avanço da febre amarela? Ou por que o sarampo, que tem vacina disponível no calendário de vacinação para todas as crianças há anos, também ressurgiu? As respostas para essas perguntas estão longe de serem simples, mas todas elas passam por um bom registro de vacinação – de preferência, digital – e pela capacidade do governo de saber exatamente quem tomou ou deixou de tomar a vacina.

Esses registros evitam os “bolsões” de não-vacinados; aquele grupo de pessoas sem defesas para o vírus que contribui para o retorno de doenças que já deveriam estar sob controle. Até 2018, 65% das salas de vacinação do país estão equipadas com um novo sistema de registro e o restante – 35% — estão em processo de implementação, informa a coordenadora do Programa de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

Desenvolvido em 2010, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) permite acompanhar em tempo real como está o processo de imunização pelo Brasil inteiro e quais áreas precisam de reforço adicional de campanha. Mais ainda: ele permite o registro de quem exatamente tomou a vacina.

Desde o lançamento do programa, o governo tem lutado contra a dificuldade de instalação do sistema: em 2012, foi necessário uma portaria e um aporte de R$ 50,7 milhões para salas de imunização no país. Cada uma das 33.837 salas (dado de 2016) recebeu R$ 1.500 para se adaptar ao novo sistema.

O investimento melhorou a adesão das salas ao novo sistema. Em 2012, o número de salas que enviou algum dado pelo SIPNI era de 18%; número que aumentou para 57% em 2016. O Brasil, no entanto, está atrás de alguns países desenvolvidos. Em 1998, registros informatizados de imunização já estavam presentes em todos os estados americanos; no Reino Unido, os primeiros registros foram utilizados na década de 1970.

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