Voluntários de Feira de Santana relatam drama durante resgate de animais no Rio Grande do Sul

O resgate de animais domésticos continua ocorrendo diariamente graças ao trabalho incansável de voluntários que atuam nas áreas ainda alagadas da região metropolitana de Porto Alegre. Completando 20 dias após as enchentes no Rio Grande do Sul, os esforços de resgate de pessoas diminuíram à medida que as chuvas foram cessando.

 

 

 

 

 

 

 

 

Incomodados com a tragédia no Rio Grande do Sul, Dr. Arison Oliveira convidou o seu amigo João Vitor, natural de Feira de Santana que juntos buscaram ajuda a empresas, conseguindo cerca de 20 kg de medicamentos. Com todos os suprimentos em mãos, eles partiram de Feira de Santana na quinta-feira (16) e chegaram à noite na cidade de Florianópolis, em Canoas, uma das áreas mais afetadas. Ali, em um terreno próximo à estação de trem do bairro Mathias Velho, encontraram um abrigo improvisado e se juntaram aos 30 voluntários. Este abrigo já havia acolhido mais de 3 mil animais, a maioria cachorros.

Em entrevista à TV Caldeirão, Vitor relatou que os voluntários trabalharam intensamente durante três dias em condições precárias. “A limpeza era feita apenas uma vez por dia devido à alta demanda, então o local era muito sujo,” disse ele. Os dias foram extremamente intensos, pois à medida que a equipe de voluntários diminuía, a demanda aumentava. Vitor relata que não consegue nem descrever o que ele viveu na região: “Foi uma situação muito difícil com pessoas dormindo na rua no frio extremo. A violência estava muito alta, e tivemos que sair do abrigo com escolta policial devido aos frequentes assaltos e roubos de animais de raça.”

Ele contou ainda que muitas casas estavam sendo invadidas para furtos e, o que não podiam levar, os invasores destruíam.

Com o tempo, a situação piorava, pois o número de voluntários diminuía significativamente. Com tristeza, Vitor afirmou que as imagens na televisão não mostram nem 1% do que realmente está acontecendo lá. “Trabalhávamos enquanto as lágrimas caíam, mas volto para casa com a sensação de dever cumprido. Tentei ajudar ao máximo e acredito que consegui concluir minha missão,” finalizou o gerente comercial.

 

Redação

OUTRAS NOTÍCIAS