Vacinas da astrazeneca fora da validade foram aplicadas em Feira de Santana

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Sete doses da vacina Oxford/ Astrazeneca que estavam fora do prazo de validade foram aplicadas em Feira de Santana. A informação consta no sistema de informações do Ministério da Saúde (DataSUS).

Todas as sete doses com data expirada aplicadas em Feira faziam parte do Lote nº 4120Z005 e tinham vencimento em 14 de abril, segundo o DataSUS. Quatro delas aplicadas pela Rede Frio, duas no Hospital Estadual da Criança e uma no Hospital Geral Clériston Andrade. E conforme o levantamento do jornal Folha de S. Paulo, 70% das doses aplicadas fora da validade no país faziam parte desse lote.

O número do lote e a data de validade de cada dose aplicada podem ser conferidos no Cartão Individual de Vacinação ou no recibo dado pelo local onde a vacina foi aplicada. Caso a pessoa tenha recebido alguma dessas doses expiradas deve procurar o posto de vacinação para que o erro seja corrigido.

Foto: Reprodução/ Folha de São Paulo

De acordo com informações publicadas no jornal Folha de S. Paulo, os dados foram obtidos a partir do cruzamento de dados do DataSUS e Sage, até o dia 19 de junho, quase 26 mil doses vencidas do imunizante foram aplicadas em 1.532 municípios do país, o que compromete a imunização da população.

Além disso, mais 114 mil doses da vacina de Oxford/ Astrazeneca foram entregues aos estados e municípios dentro do prazo de validade.

Conforme a publicação, o DataSUS identifica todas as pessoas imunizadas com um código individual, acompanhado de informações sobre a idade, grupo prioritário de vacinação, data da imunização e lote da vacina recebida. 

Já a data de validade de cada lote consta na base de dados do Sage (Sala de Apoio à Gestão Estratégica). Lá estão contidas as informações sobre os comprovantes de entrega dos imunizantes contra Covid-19 por estado. Em cada um desses recibos há informações públicas sobre o número do lote vacinal, a data de validade, o fabricante e a data de entrega.

O que diz a Fiocruz

De acordo com a Fiocruz em comunicado oficial, parte dos lotes (com numeração inicial 4120Z) é referente aos quantitativos importados prontos do Instituto Serum, da Índia, chamada de Covishield, e entregues pela Fiocruz ao Programa Nacional de Imunizações do @minsaude em janeiro e fevereiro deste ano. Os demais lotes apontados foram fornecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).

Todas as doses das vacinas importadas da Índia (Covishield) foram entregues pela Fiocruz em janeiro e fevereiro dentro do prazo de validade e em concordância com o MS, de modo a viabilizar a antecipação da implementação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, diante da situação de pandemia.

A Fiocruz informou que está apoiando o Programa Nacional de Imunização (PNI) na busca de informações junto ao fabricante, na Índia, para subsidiar as orientações a serem dadas pelo Programa àqueles que tiverem tomado a vacina vencida.

O que dizem as secretarias de Saúde

Procurada pela reportagem do Acorda Cidade, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que não tem conhecimento sobre as vacinas vencidas.

Já a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) se manifestou em nota, afirmando que não houve aplicação de doses de vacina contra Covid-19 com data de validade vencida em Salvador e outros municípios.

Segundo a superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa), Rívia Barros, os imunizantes foram aplicados no prazo de validade, mas a notificação, o registro no sistema do Ministério da Saúde ocorreu depois da data de vencimento da vacina.

A Sesab acrescentou ainda que pode também ter acontecido um erro de digitação no sistema do MS.

Validade das vacinas

Segundo a Folha de São Paulo, a AstraZeneca e a Pfizer duram até seis meses. A Janssen, com validade original definida em três meses, agora pode ficar armazenada por até quatro meses e meio. A Coronavac tem duração de um ano —o primeiro lote dessa vacina utilizado no Brasil venceria somente em novembro.

Informações: Acorda Cidade

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