Antes do início do encontro reservado com o presidente russo, Vladimir Putin, Jair Bolsonaro afirmou que “somos solidários à Rússia”. Ele não disse, porém, solidário em relação a quê, mas é fato que a Rússia protagoniza uma tensão militar com a Ucrânia e o Ocidente, que acusa Moscou de ameaçar invadir o país vizinho.
Já o presidente russo afirmou esperar um “encontro produtivo”, enquanto o brasileiro enumerou as áreas de cooperação em negociações nas reuniões paralelas ao encontro: defesa, energia e agricultura.
O encontro dos dois aconteceu na manhã desta quarta-feira (horário de Brasília) no Kremlin, sede do governo russo, e é privado, apenas com presença de intérpretes.
“Queremos colaborar em muitas áreas”, disse Bolsonaro, que agradeceu Putin por ter concedido indulto no ano passado a um motorista brasileiro que estava preso na Rússia acusado de entrar no país com uma substância ilegal.
“Somos solidários à Rússia”, diz @jairbolsonaro no início do encontro com Vladimir Putin.
Presidente disse que Brasil “tem muito a colaborar” em diversas áreas, incluindo defesa.
Líder russo agradeceu em português. pic.twitter.com/Qj9Hw1x6To
— Metrópoles (@Metropoles) February 16, 2022
Bolsonaro faz homenagem a soldados comunistas
Antes da reunião com Putin, o ponto alto da sua viagem a Moscou, Bolsonaro participou de cerimônia em homenagem aos soldados do exército russo mortos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), época em que a Rússia era a comunista União Soviética.
Bolsonaro fez entrega de flores no monumento conhecido como “túmulo do soldado desconhecido”, erguido em nome de militares mortos sem identificação durante o confronto com os nazistas.
O “túmulo do soldado desconhecido” fica nos Jardins de Alexandre, em frente ao hotel Four Seasons, onde o presidente está hospedado em Moscou, e próximo ao Kremlin e à Praça Vermelha.
Ao lado dos norte-americanos, os soldados soviéticos tiveram papel decisivo para a derrota das tropas alemãs de Adolf Hitler. Os comunistas são os principais alvos de ataques de Bolsonaro e seus apoiadores, que pregam até a criminalização da ideologia, comparando-a ao nazismo.
Informações: O Tempo / Metropoles