“Só vou deixar os cavalos quando eu morrer”, diz pai que mudou de profissão para apoiar sonho do filho

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Normalmente são os pais que influenciam nos gostos dos filhos. Mas, apesar de comum, esta não é uma regra, e seu Severino Silva Costa (foto), 48 anos, é um exemplo. Quem o vê, pacato, ao lado do seu cavalo Tadeu e do boi Virgulino, nem imagina a história de amor que ele tem com seus animais e de como seus filhos influenciaram nesse sentimento.

Seu Severino, que mora no distrito de Tiquaruçu há 27 anos, é pai de dois meninos. Sua relação com os cavalos começou quando seus filhos ainda eram crianças e tinham três e sete anos. Nesta época, o mais velho se apaixonou por montaria, e o pai, mesmo relutando, apoiou.

“Ele sempre quis montar cavalos. Enquanto eu proibia, ele montava escondido com os amigos. Com isso, eu vi que era melhor apoiar do que ser contra”, explica seu Severino. Hoje, 10 anos depois, o esforço do pai valeu a pena. O filho já foi até para o Rio de Janeiro, em competições de montaria.

Enquanto apoiava o filho na carreira escolhida, seu Severino se aproximava e se apaixonava pelos animais. “Eu vivo no campo, produzindo. Eles trouxeram essa profissão para mim, porque nunca montei na minha vida”. Hoje os animais se tornaram sua principal fonte de renda. Na Expofeira 2018, ele disponibiliza os bichos para montaria e passeio pelo Parque. “Eu só vou deixar os cavalos quando eu morrer”, relata.

Animais treinados o ano todo

Olhando para Tadeu e Virgulino é impossível não perceber o reflexo do cuidado do dono no comportamento do animal. “Eles comem bem para aguentar  o trabalho. Passam o ano treinando. Aí pode soltar a rédea que não vai derrubar quem estiver montado”, garante Severino, orgulhoso.

Para dar a volta na pista, montado no animal, o visitante paga R$ 5,00. Caso queira só uma foto utilizando a montaria, o valor é R$ 2,00.

 

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