Sertanejo é alvo da Polícia Civil por suspeita de grilagem e estelionato

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Com suspeitas de vender terrenos no Riacho Fundo 2 e na Ponte Alta do Gama, o cantor sertanejo Rogério Spindola Mariz, de 49 anos, virou alvo de investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por envolvimento com grilagem de terras e estelionato.

Segundo o Metrópoles, o sertanejo possui ocorrências e processos judiciais, com golpes registrados desde 2015. Além disso, é suspeito também de ter feito mais de uma vítima e acumulado lucros de milhões com a venda de terrenos irregulares.

Vale lembrar que Spindola é atuante no cenário musical e chegou a formar dupla com um primo do cantor Leonardo.

Os crimes

Ainda em 2021, um morador de Águas Claras denunciou o artista à PCDF. De acordo com a denúncia, o homem alegou que comprou um terreno no Setor Catetinho, no Riacho Fundo 2. Detalhou que o lote foi negociado por R$ 23 mil, dos quais foram pagos R$ 10 mil em dinheiro e transferências bancárias.

Na ocasião, foi confeccionado um Instrumento Particular de Cessão de Direitos entre ele e Rogério Mariz, que se apresentou como procurador do dono da chácara negociada.

As assinaturas do documento foram reconhecidas em cartório, e o prazo de entrega do imóvel seria para dezembro de 2020. Apesar de ter quitado a dívida, o comprador não recebeu o terreno.

Segundo ele, o corretor sempre afirmava que faltavam alguns detalhes no condomínio, como abrir ruas e colocar asfalto. A vítima só se deu conta de que caiu em um golpe quando consultou o nome de Rogério na internet e localizou um série de processos, inclusive por crimes de estelionato e parcelamento irregular de solo.

O caso foi registrado na 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), mas é investigado pela 29ª DP (Riacho Fundo).

Além disso, o sertanejo também foi alvo, no ano de 2020, de denúncia na Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e Meio Ambiente (Dema). Um homem alegou ter sofrido golpe quando tentou adquirir um lote para construir a residência, em novembro de 2018.  Conforme o relato, o terreno de 400 metros quadrados na Ponte Alta do Gama foi oferecido por uma “irmã” da igreja que frequenta.

As partes fecharam a venda por R$ 25 mil, valor pago em espécie, à vista e entregue na casa da religiosa. A vítima afirma que o dono do lote se apresentou como Rogério Mariz. No dia do pagamento, o cantor deixou a cessão de direitos do imóvel e levou o dinheiro. A intermediária chegou a acrescentar que havia vendido 45 imóveis no mesmo condomínio e que todos pertencem ao cantor.

O homem foi orientado a aguardar até janeiro de 2019, pois o terreno seria piquetado e, com a mudança de governo, a construção seria permitida. Decorridos os meses, nenhuma benfeitoria foi feita no local, nem muro, poço ou subdivisões. Os vendedores alegaram que a compra do terreno havia sido desfeita. Por esse motivo, foi ofertado novo terreno em outro local.

Segundo a vítima, Rogério explicou que o novo lote era do ex-deputado federal Wigberto Tartuce, o Vigão, e este havia vendido para ele e também para o empresário Marcelo Perbonni. Por essa razão, Rogério haveria entrado com uma ação contra Vigão, e o terreno estaria em litígio Judicial.

Portanto, foi oferecido um terceiro terreno, que também não poderia ser ocupado, pois o artista não efetuou os pagamentos da área. Com isso, a vítima identificou que o modus operandi de Rogério seria o seguinte: ele adquire um terreno grande, paga uma pequena parcela com um carro ou outro bem e, de pronto, começa a parcelar e revender.

Porém, ele não cumpre o acordo e não paga as demais parcelas ao dono do imóvel. Por tal motivo, o real dono desfaz o acordo de venda e não é feita nenhuma benfeitoria, sendo inviabilizada qualquer obra no local e ficando todos os compradores lesados.

Informações: Bnews

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