Sem Moro no páreo, Augusto Aras pode ser indicado para vaga no Supremo

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A depender da postura do procurador-geral da República, Augusto Aras, em relação ao governo Bolsonaro, o nome do atual chefe do Ministério Público pode ser indicado para o STF (Supremo Tribunal Federal). A indicação de Aras à vaga que será aberta na Corte até o ano que vem começou a ser considerada com a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, em abril.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, dois aliados do presidente sugeriram, em encontros no Palácio da Alvorada, que Bolsonaro leve em consideração o nome do baiano para a vaga. No geral, a atuação do PGR tem agradado o presidente, que costuma se referir a Aras, de acordo com assessores presidenciais, como um aliado estratégico de sua gestão.

No entanto, Bolsonaro reclamou, recentemente, de pedido feito pela PGR ao Supremo para ter acesso a cópia de gravação de uma reunião promovida no dia 22 de abril no Palácio do Planalto. No encontro, segundo Moro, Bolsonaro teria cobrado a substituição tanto do então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, como do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro.

Augusto Aras também solicitou o depoimento dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Casa Civil). De acordo com deputados bolsonaristas, o presidente avaliou as solicitações como desnecessárias, mas foi convencido pelos aliados de que, neste momento, o procurador-geral precisa dar resposta às cobranças de que adote uma postura de independência. Tais cobranças são feitas tanto por integrantes do Supremo como da PGR.

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