Secretários cobram que ministro da Saúde defenda isolamento

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Na primeira reunião após o polêmico pronunciamento de Jair Bolsonaro, que sugeriu o retorno às atividades para não quebrar a economia, em meio ao surto de coronavírus, secretário estaduais cobraram do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, uma posição mais firme em defesa do isolamento social.

O presidente da República agiu na contramão dos principais especialistas do mundo, e do próprio ministério da Saúde, que aprovou a medida como forma de conter inicialmente o contágio descontrolado da Covid-19 no país. A orientação foi atendida por governadores e prefeitos, e boa parte do Brasil parou na última semana.

Um outro ponto importante da reunião e que gerou discussão, de acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, foi a justificativa de Mandetta pelo não envio de leitos de UTI e respiradores. Segundo o ministro, não haviam sido enviados os endereços dos hospitais que iriam receber os equipamentos.

Os secretários da região Norte, Nordeste e Centro Oeste, rebateram e afirmaram que o ministro só requisitou o endereço dos hospitais na quarta-feira (25), mas que eles já tinham sido escolhidos há semanas. A imagem que ficou para eles é de que a fala de Mandetta não passa de uma desculpa e tentativa de transferir a responsabilidade.

“Criou mal-estar, estresse. Não sei se ele se expressou adequadamente. Os endereços não foram o motivo para não receber os equipamentos”, diz Alberto Beltrame, secretário de Saúde do Pará e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

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