São Paulo tem mais de 3 mil profissionais da saúde afastados por causa do coronavírus

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A cidade de São Paulo tem 3.055 profissionais de saúde afastados por suspeita ou confirmação do novo coronavírus, segundo levantamento da GloboNews. Destes, a maior parte está na rede municipal, com 1.935 pessoas afastadas. Entre essas, 106 tiveram a confirmação da Covid-19.

Em seguida, vem o Hospital das Clínicas, que afastou 535 profissionais. No entanto, o local não informou quantos testaram positivo para o vírus. O levantamento mostra ainda que o hospital Albert Einstein afastou 312 pessoas, o Sírio Libanês, 312, o São Camilo, 102, e o Oswaldo Cruz, 67.

O Conselho Regional de Enfermagem informou também que recebeu 1.405 reclamações de falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) para o trabalho dos profissionais de saúde.

Mortes de enfermeiros com suspeita de coronavírus

Uma enfermeira de 70 anos que trabalhou para conter a pandemia do coronavírus morreu com suspeita da doença. De acordo com os colegas de trabalho, mesmo estando no grupo de risco, Juraci Augusta da Silva continuou exercendo sua profissão para salvar vidas. Juraci trabalhava no Hospital Municipal do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, e faleceu no dia 27 de março.

O colega de Iraci, o enfermeiro Idalgo Moura dos Santos também morreu com suspeita de coronavírus. O exame chegou a ser feito, mas o diagnóstico ainda não foi divulgado. Ele tinha 45 anos e, segundo a família, começou a apresentar os sintomas no dia 17 de março. Foram 11 dias de internação, oito deles na UTI. O enterro do enfermeiro foi rápido e com poucas pessoas.

“Hoje está fazendo 15 dias que meu irmão entrou no grupo da família e disse, ‘mãe, reze por mim porque eu não estou sentindo muito bem, mas estou indo trabalhar, plantão’, disse o irmão do enfermeiro.

Mesmo doente, Idalgo ainda trabalhou dois dias no Hospital Municipal do Tatuapé. O irmão do enfermeiro conta que se assustou com a situação quando foi visitá-lo.

“Parecia uma guerra, parecia uma guerra, e outra: ninguém, ninguém, de fora assim era um ou outro com EPI, e lá também era um ou outro, um médico veio. As autoridades têm que olhar com mais cuidado isso porque vai morrer muita gente”, disse ele.

A mesma situação aconteceu com o auxiliar de enfermagem no Hospital Municipal Tide Setúbal, localizado na Zona Leste de São Paulo. Eduardo Gomes da Silva, de 48 anos, faleceu com suspeita de COVID-19 no dia 1º de abril.

A família da paciente Helenita Dantas, de 53 anos, também ainda não recebeu o diagnóstico que confirma que a causa da morte foi coronavírus. Ela foi internada no Hospital de Taipas do dia 23 de março e morreu no dia 29 de março.

“Quando eu fui resolver a questão do enterro chegaram a me oferecer que o caixão fosse aberto, e eu falei que não, que o caixão fosse lacrado, porque minha mãe estava com a suspeita do vírus”, disse a filha de Helenita.

Informações – G1

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