Rifas sexuais são identificadas em Feira de Santana; “Prêmios” eram garotas de 18 a 21 anos

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As rifas sexuais, onde jovens entre 18 e 21 anos são oferecidas como prêmio, chegaram a Feira de Santana. A prática, um novo estilo de prostituição, é divulgada amplamente em grupos de WhatsApp.

O Protagonista teve acesso ao cartaz de divulgação de uma dessas rifas e conversou com uma jovem “ofertada” como prêmio, de apenas 19 anos – não é a mesma garota do cartaz. Ela é parte da premiação, que tem, ainda, duas horas em um quarto de motel de luxo, além de uma garrafa de wísque, uma caixa de cerveja Heineken, 4 energéticos, um litro de bom vinho e ainda o pagamento da passagem do transporte de aplicativo, caso o vencedor deseje.

A rifa de M.T.S. vai ser sorteada na próxima sexta-feira (3/9). Uma dezena custa R$ 20 e corre pelo jogo do bicho, às 19h. Em “promoção”, se o cliente comprar três dezenas, paga R$ 50. O site apurou que também tem rifas que custam R$ 15 uma dezena ou 50 um grupo inteiro com 4 dezenas, pelo jogo do bicho.

No cartaz distribuído nas redes sociais, a jovem mostra fotos sensuais, para incentivar os apostadores. “Quanto mais mostramos, mais dezenas vendemos”, explica.

Ela diz que se oferece nas rifas por necessidade. “Faço porque preciso. Já promovi rifa para pagar agiota que estava me ameaçando. Não tenho ninguém por mim, então me viro como posso para sobreviver. E acaba sendo legal ser uma surpresa o cliente que vai ganhar. Tem caras legais, que eu acabo curtindo. Outros, nem tanto”, argumenta.

Apesar dos altos custos com os prêmios oferecidos e ainda motel de luxo, a garota diz que dá para faturar. “Faço só três a quatro rifas por mês. Eu mesma sou o prêmio principal. Já tenho clientes certos que compram bastante dezenas para concorrer. Dá para pagar minhas contas e ainda fico com uns R$ 3 mil livres. Se fizesse mais, faturaria mais”, revela.

Ela diz, também, que conhece outras jovens que promovem as rifas sexuais. “Em Salvador agora teve prisão de uma mulher que agencia. Aqui em Feira, pelo que eu sei, as rifas são feitas pelas próprias meninas. Não tem agenciador”, salienta.

Perguntada se faz programas fora das rifas, M. diz que com alguns clientes, sim. “Eu escolho com quem saio. E cobro o que quero. Pra sair comigo tem que desembolsar pelo menos R$ 200 por 1h30min”, diz.

M. é a filha mais nova de um casal que reside na zona rural de Feira de Santana. Tem mais dois irmãos. “Meus pais nem sonham que faço isso. Um irmão mais velho descobriu porque viu em um grupo de zap. Ele me esculhambou, mas não me importo porque só não quero voltar para a vida na roça, de falta de tudo. Estou bem fazendo o que faço até o dia que Deus me mostrar um outro jeito de ganhar a vida”, conclui.

Informações: O Protagonista

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