Prisco fala sua versão dos fatos e afirma que a greve não tem interesses políticos

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O deputado estadual Marco Prisco (PSC) afirmou em entrevista exclusiva ao BNews que em torno de 70% dos Policiais Militares da Bahia aderiram ao movimento grevista. O parlamentar refuta a informação oficial do Governo do Estado de que não há paralisação dos trabalhos e afirma que a maioria dos agentes não está saindo dos quarteis.

“O movimento está forte, graças à Deus. Tivemos uma adesão de 100% em Feira de Santana. No  interior várias cidades estão agilizando e aqui em Salvador o movimento está muito forte. Estamos muito tranquilos, os próximos passos serão ficar parados por tempo indeterminado”, declarou.

Segundo ele, nenhum representante da gestão estadual entrou em contato para negociar. “Nós estamos aguardando. Como nós tínhamos mandado para toda a imprensa, nós comunicamos as nossas reivindicações para todos os órgãos, mas não houve avanço”.

Indagado sobre as declarações do governador Rui Costa (PT) em que associam o parlamentar a criminosos e acusando o movimento de ser político, Prisco se posiciona: “Se existe um criminoso não sou eu. O governador tem que olhar que é o partido dele que está sendo investigado pela Lava Jato. Membros dos partidos dele que estão presos, sentenciados e condenados. Eu, graças  à Deus, não tenho nenhum processo nesse nível. O movimento não é político-partidário. Quem faz política é o governador, que parece ter esquecido a origem dele de sindicalista que usou para estar onde está. Quem  fez política foi ele que tirou a polícia quando o presidente [Bolsonaro] foi em Vitória da Conquista”, aponta, dizendo ainda que será candidato apenas daqui três anos.

Prisco diz que são “fantasiosas” as acusações de que estaria orquestrando ataques terroristas na cidade. “É um delírio do secretário de Segurança Pública [Maurício Barbosa]. Conhecendo ele, ele já fez isso em outros movimentos, a edição do vídeo da carreta… está provado na Justiça. É uma prática do secretário de Segurança Pública grampear todo mundo”, acusa.

 Prisco diz que o Governo do Estado ordenou que apenas um policial circule por viatura para criar, segundo ele, a falsa sensação de que a PM está atuando. “Os bairros periféricos de Salvador continuam sofrendo. Agora, a Barra, Ondina, Pituba, Campo Grande, as viaturas continuam circulando. Agora, pegue o carro do BNews e, a partir de 23h, vá para a rua – inclusive nesses bairros nobres”.

O deputado estadual afirma que os trabalhadores continuarão mobilizados no Clube Adelba, em Salvador. Uma nova assembleia deverá ser realizada na manhã desta quinta-feira (10) para deliberar os próximos passos. “Em princípio, devemos continuar aqui”, avisa.

Na lista de reivindicações estão, entre outras coisas, a solução para os problemas do RH, reforma do estatuto, código de ética, isenção de ICMS na compra de armas de fogo por servidores da segurança pública e regulamentação da periculosidade.

Fonte: BNews

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