Presidente do PL promete a Bolsonaro romper acordos com ACM Neto e Doria

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Na reunião que selou o compromisso para a entrada de Jair Bolsonaro no PL, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, deu a palavra a Bolsonaro de que deixaria na mão dois aliados: João Doria em São Paulo e ACM Neto na Bahia, de acordo com o jornal Estadão.

O encontro ocorreu na tarde de terça-feira (23) no Palácio do Planalto. Em seguida, o PL anunciou que a cerimônia de filiação ocorrerá no dia 30. Bolsonaro pediu que o evento fosse discreto, sem exuberância.

Para Doria, Valdemar havia prometido apoiar a campanha de Rodrigo Garcia (PSDB), seu vice-governador que deve concorrer ao governo do estado. Na Assembleia Legislativa, o PL é aliado dos tucanos. Em troca de sua filiação, Bolsonaro pediu que seu novo partido não fizesse qualquer gesto de apoio ao candidato do PSDB em 2022.

Ainda não está definido se o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, será o candidato de Bolsonaro. Mas Valdemar disse explicitamente que estará com o projeto de Bolsonaro em São Paulo.

Na Bahia, o PL estava já fechado com ACM Neto, candidato ao governo. O ex-prefeito e vice-presidente do União Brasil se encontrou com Valdemar há alguns meses e selou o acordo. O principal concorrente de Neto é Jaques Wagner (PT). Na conversa com Bolsonaro, porém, o cacique do Centrão prometeu apoiar João Roma, ministro da Cidadania, ao governo.

Um aliado de ACM Neto define a situação: Valdemar se apalavrou com duas pessoas em sentidos distintos, o que agora virou “uma questão do tamanho de quem fez pedido”. A insistência de Bolsonaro na candidatura de João Roma é vista como uma forma de pressionar Neto a apoiar o presidente, o que aliados próximos garantem que não vai acontecer.

Informações: Bnews

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