Precisa de muletas ou cadeira de rodas? Centro de Reabilitação feirense realiza projeto de captação e doação de equipamentos de saúde com quem precisa

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Se você ou algum familiar seu já utilizou equipamentos de saúde, como muletas, cadeira de rodas ou de banho, por um período determinado, deve conhecer sensação ruim de deixar estes itens encostados quando eles deixam de ser necessários. Enquanto isso, do outro lado, uma série de pacientes está na situação oposta: são pessoas que recebem a recomendação para usar um equipamento, mas não têm dinheiro para comprar ou alugar. Foi pensando em resolver este problema que nasceu o projeto Doe Acessibilidade.

Ação é desenvolvida pelo Centro de Reabilitação Reabserv, especialista em Fisioterapia Neurofuncional. De acordo com o Vinícius Oliveira, coordenador do centro e fisioterapeuta, a ideia é coletar estes equipamentos e doar para quem precisa usar itens que vão desde simples muletas e cadeiras de banho e andadores, até complexas cadeiras de rodas, camas hospitalares, colchões pneumáticos, aparelho aspirador de secreção, dentre outros equipamentos.

“Em nosso cotidiano, no cuidado de pacientes com dificuldades neurológicas, entendemos a importância desses equipamentos para uma boa reabilitação. Porém, nem todos tem condição financeira de arcar com os custos destes materiais. Alguns precisam de equipamentos muitas vezes disponíveis na rede SUS, porém se esbarram na longa espera e enfrentam um processo burocrático”, conta o fisioterapeuta acrescentando que essa demora é angustiante para quem mais precisa e que já perdeu a conta de presenciar as pessoas apelando para amigos, vizinhos, igrejas e centros sociais para encontrar a doação, mas nem sempre é simples achar uma doação.

Um paciente quando fica muito tempo acamado corre o risco de desenvolver escaras, feridas difíceis de tratar e que podem provocar infecções. Isso dificuldade ainda mais o tratamento. “Imagine um paciente que ficou muito tempo acamado, tendo que tomar banho no leito, poder sentar numa cadeira de banho e ter a possibilidade de tomar uma chuveirada? Só quem já passou por isso sabe o quanto é gratificante. O que a gente faz uma troca solidária. Arrecadamos estes equipamentos que já não são mais utilizados e doamos ou emprestamos a pacientes que não teriam condições de arcar com estes custos. Digo emprestamos, pois alguns pacientes só irão usar por determinado tempo. Daí recolhemos esse material e já entregamos para outro paciente que esteja necessitando no momento. É uma corrente do bem que precisa ser conhecida pois provoca um impacto muito positivo na vida dos pacientes”, disse.

Ele conta de uma entrega que fizeram para um homem sofreu um acidente de motos e já estava muito tempo aguardando uma cadeira de rodas pelo SUS. “Conseguimos a cadeira, fizemos a entrega e foi muito comovente ver o quanto ele se emocionou por reconquistar a autonomia para se deslocar”, comemorou.

Vinicius informa ainda que esse projeto
tem como objetivo conscientizar a população sobre as pessoas portadoras de alguma deficiência física ou neurológica e que carecem de equipamentos para auxiliar em sua mobilidade. Nesse intuito, a Reabserv solicita sua ajuda: se você ou algum familiar/amigo possui em casa algum desses equipamentos que ajudem na mobilidade física e, claro, que estejam parados sem uso, leve até o local de coleta: Centro de Reabilitação Reabserv, situado na rua Barra das Mangabeiras, 16, Cidade Nova, para que possamos intermediar a doação para alguém que o necessite mas, que não tenha os meios para comprá-lo. Para os pacientes que necessitam desses equipamentos, a orientação é entrar em contato com a Reabserv através do telefone 3304-0356. Os pacientes passam por uma triagem e receberão todas as orientações necessárias para participação do projeto.

“É por meio da solidariedade ao próximo que conseguimos atingir nosso potencial máximo como seres humanos e cidadãos. Apóie o Doe Acessibilidade para que outras pessoas sigam em frente em direção aos seus sonhos. Seja você também um doador de acessibilidade e junte-se a nós para que transformemos nossa sociedade num lugar mais acessível para todos!”, concluiu.

Informações: ASCOM | REABSERV

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