A Polícia Federal (PF) informou, na manhã desta quinta-feira (9/6), que verifica a possibilidade da existência de material genético e de digitais no barco de Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, principal suspeito pelo desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
Segundo o jornal O Globo, Amarildo, conhecido como “Pelado”, foi visto carregando uma espingarda e fazendo um cinto de munições e cartuchos logo após a dupla deixar a comunidade ribeirinha São Rafael. Pelado foi preso em flagrante pela PF por posse de munição de uso restrito.
Veja a íntegra da nota enviada pela polícia:
O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que, nesta quinta-feira (09/06), um perito do Departamento de Polícia TécnicoCientífica (DPTC), coordenado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas
(SSP-AM), junto ao Departamento de Polícia do Interior (DPI), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), realiza o levantamento de um possível material genético na lancha apreendida com Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos.
O suspeito foi preso em flagrante por posse de munição de uso restrito. De acordo com o DPTC, com o uso de luminol, as equipes investigam a possibilidade da existência de vestígios de amostra biológica e digitais deixadas na lancha, tanto pelo suspeito quanto pelos tripulantes. As diligências estão sendo empreendidas e serão divulgadas oportunamente.
Repercussão internacional
O desaparecimento dos dois ganhou repercussão internacional na segunda-feira. Dom e Bruno se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que fica próxima ao Lago do Jaburu. O jornalista pretendia fazer algumas entrevistas com integrantes da comunidade que residem no local.
Phillips está trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson. Além do Guardian, Phillips já publicou trabalhos no Financial Times, New York Times, Washington Post e em agências internacionais de notícias.
Desde segunda-feira (6/6), equipes da Marinha do Brasil, Polícia Federal, Polícia Militar do Amazonas e da Força Nacional integram as buscas ao jornalista e ao indigenista.