Parte dos ministros do STF admitem que a pena imposta ao parlamentar bolsonarista foi bastante rigorosa

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Depois do julgamento do deputado Daniel Silveira, pelo menos três ministros do STF admitem que a pena imposta ao parlamentar bolsonarista, de oito anos e nove meses de prisão em regime fechado, pode ter sido muito pesada.

Eles não recuam na decisão de condenar o deputado, mas avaliam que a pena poderia ter sido menor, como a defendida pelo ministro André Mendonça, de dois anos e quatro meses em regime aberto.

Em conversa com interlocutores, esses ministros disseram que havia um consenso, antes do julgamento, que era necessário fechar com o relator, ministro Alexandre de Moraes, que propôs em seu voto a pena de oito anos e nove meses de prisão, para mostrar unidade do STF no caso.

Após as reações, esses magistrados avaliaram que a pena pode ter sido muito “pesada” e contribuiu para as críticas ao Supremo.

Dentro do Congresso, parlamentares que costumam defender o Supremo Tribunal Federal também criticaram reservadamente a pena de prisão imposta a Daniel Silveira, gerando, segundo eles, um clima dentro da Câmara dos Deputados contra a cassação do mandato do parlamentar bolsonarista, que foi determinada no julgamento da semana passada.

Além da prisão, Silveira foi condenado à perda dos direitos políticos, o que o torna inelegível nas eleições deste ano, e à cassação do mandato. O placar do julgamento foi de dez votos a um.

No caso da cassação, há um questionamento se ela precisa ser votada no plenário da Câmara dos Deputados.

Os ministros que, agora, avaliam que a pena foi pesada, fazem questão de destacar que a condenação foi correta, diante dos ataques e ameaças recorrentes feitas pelo parlamentar ao STF.

 

Fonte: g1.globo.com

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