Palmeiras e Santos brigam por maior prêmio da história e reduzir prejuízos

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Palmeiras e Santos definem neste sábado (30/1) quem terá o direito de receber o maior prêmio da história da Copa Libertadores. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) vai pagar ao vencedor da grande final no Maracanã o valor de 15 milhões de dólares (R$ 81,6 milhões), montante que jamais um time brasileiro recebeu por ter sido campeão de qualquer torneio. A quantia será quase uma salvação para uma temporada marcada por prejuízos financeiros, renegociação de dívidas e redução salarial provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Ao longo de 2020 os dois clubes negociaram com o elenco e funcionários a redução dos vencimentos enquanto se mobilizaram para diminuir os custos. Ainda assim, a situação não está fácil. O balanço do Santos apresentou até setembro um prejuízo de R$ 59 milhões no ano passado. No caso do Palmeiras, o balancete registrou até novembro um déficit operacional de R$ 135 milhões

Os números ruins se explicam principalmente pela pandemia ter afetado uma das principais fontes de receita dos clubes: a venda de jogadores. O mercado europeu sentiu os efeitos da crise econômica e diminuiu a procura por reforços no Brasil. Por aqui, os times tiveram de refazer as contas sem negociar atletas nem conseguir vender ingressos para as partidas.

Um estudo feito em junho pela consultoria E&Y estimou que o impacto da pandemia deve chegar aos R$ 2 bilhões no futebol brasileiro. Santos e Palmeiras estão entre os times a sofrerem com esses feitos, mas podem ter um alento com o título. No entanto, isso está longe de significar um alívio.

“São dois clubes que tiveram problemas pelo impacto da pandemia, mas o Palmeiras estava mais respaldado do que o Santos para enfrentar essa crise”, explicou ao Estadão o diretor executivo para o Mercado Esportivo da EY, Pedro Daniel. “Pela divulgação dos balanços trimestrais, o Santos não tem uma geração de caixa tão forte. O Palmeiras tem um patrocínio forte, um programa de sócio-torcedor mais robusto e também tem recentes recorrentes mais robustas”, acrescentou.

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