Ouvidor-geral de Salvador e presidente do Pros na capital baiana, Jean Sacramento deve ter mais de 24 horas no seu dia. Isso porque o político, que também estuda medicina, ainda diz se dedicar à pasta – o que é contestado por aliados ouvidos, que reclamam do “desaparecimento” de Sacramento.
Com um salário de R$ 23,8 mil – maior até que o que ganha secretários municipais do Executivo municipal (R$ 18,9 mil) – o político tem se dedicado muito mais à formulação do seu novo partido do que à Ouvidoria, segundo avaliação de pessoas que integram a base de Bruno Reis. O gestor, inclusive, já foi contatado com queixas do auxiliar.
Recentemente, o estudante de medicina-ouvidor-político, dedicou boa parte dos seus esforços a filiar ex-quadros da político local à legenda.
Procurado pelo BNews, Sacramento disse que, diante da pandemia, as aulas de medicina são virtuais e não atrapalham a sua função na prefeitura. “Estou ainda no inicio do curso. Final da tarde tem as aulas práticas. Quando tem aula meio-dia, assisto no meu horário de almoço. Não interfere. Vou continuar cobrando que as pessoas que ganham venham trabalhar aqui”, disse. Questionado sobre a possibilidade do fim das aulas remotas, o ouvidor-geral disse que “lá na frente eu penso nisso”. “Sempre trabalhei estudando”, completou.
Para Sacramento, um dos motivos das críticas dos aliados é o fato de que ele tem cobrado a ouvidores-setoriais relatórios semanais. “Devem estar chateadinhos. Como a própria funcionária se coloca à disposição aqui falou: ‘Nunca teve um chefe tão presente na ouvidoria, que chegasse tão cedo'”, analisou. Sobre dividir as funções como dirigente partidário, ele disse que está despachando “por telefone”. “Presenciais só a partir do ano que vem”, concluiu.
Informações: Bnews