Os vestígios de sangue que podem desvendar mistério de menino britânico desaparecido na Grécia há 26 anos

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Vestígios de sangue detectados em um laboratório forense trazem novas pistas sobre o desaparecimento, há exatos 26 anos, do menino britânico Ben Needham.

Os rastros foram achados em um carrinho de brinquedo e em uma sandália, coletados respectivamente em 2012 e 2016 durante buscas no local onde o menino foi visto pela última vez, na fazenda do avô em Iraklis, um vilarejo na ilha grega de Kos. Os itens estavam sendo examinados por especialistas em Aberdeen, na Escócia.

Ben desapareceu em 24 de julho de 1991, quando tinha 1 um ano e nove meses de idade. Ele brincava na área externa da casa, que passava por reformas.

O seu desaparecimento causou grande comoção na Grã-Bretanha e a mãe de Ben, Kerry Needham, passou décadas fazendo campanhas para que seu filho fosse encontrado.

As polícias grega e britânica conduziram investigações conjuntas – que foram encerradas e retomadas algumas vezes. As últimas buscas foram suspensas no final do ano passado.

Escavadeira

O chefe da investigação, Jon Cousins, disse que os vestígios encontrados reforçam a teoria de que a criança morreu em um acidente próximo ao lugar onde desapareceu.

“Baseado nos fatos e nas informações obtidas, em minha opinião profissional, Ben morreu como resultado de um incidente trágico na fazenda ligado a maquinaria pesada”, afirmou Cousins. “Acredito que (as descobertas) confirmam e reforçam esta teoria”.

A polícia britânica voltou ao local do desaparecimento em outubro passado por acreditar que o menino teria morrido após ter sido esmagado por uma escavadeira.

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A corporação realizou uma intensa busca de 21 dias no entorno da residência e num segundo ponto a 750 de distância, onde foram descobertos cerca de 60 itens encaminhados ao Reino Unido para análise. Testes de DNA estão sendo feitos em parte destes itens.

Os cientistas descobriram “digitais químicas” suspeitas nos dois itens investigados, explicou Lorna Dawson, chefe do grupo de análise forense do solo do Instituto James Hutton, para onde os itens foram encaminhados.

“Há uma forte indicação de que este perfil químico encontrado é resultado da decomposição do sangue”, disse Dawson. “Ele leva a crer que houve sangue humano em contato com estes itens. Agora o biólogo irá identificar de quem é o sangue ao extrair seu DNA”.

|G1

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