‘Óbito também é alta’: advogada afirma na CPI que Prevent Senior reduzia oxigênio de pacientes após 14 dias de UTI

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A advogada Bruna Morato, que representa médicos que fizeram denúncias sobre a Prevent Senior, acusou o plano de saúde de diminuir o fornecimento de oxigênio a pacientes idosos que ficassem mais de 14 dias internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Ela presta depoimento nesta terça-feira (28/09) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.

Segundo ela, a empresa trabalhava com o princípio de que “óbito também é alta”, e que a “ordem expressa” dada aos médicos era de “entregar o kit [covid] e não internar o paciente”.

“Eu não considero isso como sendo um tratamento paliativo, isso foge das práticas paliativas. E, sinceramente, acredito que esses pacientes nem tinham condições de serem encaminhados à enfermaria, esse leito híbrido. É importante que esses prontuários sejam disponibilizados para que seja feita uma devida avaliação. Esses pacientes, segundo informações dos médicos, evoluíram para óbito na própria UTI. Você tinha uma liberação de leitos. A expressão que ouvi ser muitas vezes utilizadas é ‘óbito também é alta”, afirmou ela.

Advogada representante dos médicos que trabalharam na Prevent Senior, Bruna Morato

Mais cedo, ela havia afirmado também que a certidão de óbito de Regina Hang, mãe de Luciano Hang, proprietário das lojas Havan, foi alterada para omitir covid como causa da morte após ela fazer uso do kit de “tratamento precoce”, que incluía hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina e colchicina.

A Prevent Senior informou, em nota, que “nega e repudia as acusações mentirosas levadas anonimamente à CPI da Covid e à imprensa” e afirma “nunca ter escondido ou subnotificado óbitos”. Diz também que “sempre atuou dentro dos parâmetros éticos e legais”.

Informações: O Hoje

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