Laécio José Paim das Virgens Filho, baiano preso na Tailândia por suspeita de tráfico internacional de drogas, não gostava muito de compartilhar sua rotina com a família. Seus pais não sabiam com quem ele se relacionava. Natural de Amélia Rodrigues, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o jovem morava em Feira de Santana, no centro-norte, antes de ser pego pelas autoridades tailandesas ao desembarcar no aeroporto de Bangkok.
O pai dele, Laércio José, acredita que foi em Feira que o filho supostamente conheceu a pessoa que o convenceu a virar uma mula — como são chamadas as pessoas que aceitam viajar a convite de traficantes com drogas escondidas no corpo ou em bagagens.
Antes de ser preso, no dia 13 de junho, o rapaz disse aos pais que participaria de um congresso na cidade de São Paulo. A família afirma que não sabia da viagem dele ao país do leste asiático.
“Ele não era muito de mandar mensagens, de conversar, e fomos deixando. O tempo passou e começamos a achar estranho. A mãe das meninas entrou em contato com a minha ex-esposa avisando [sobre a prisão]. Foi o pior dia da minha vida. Não o criei para isso, pelo contrário, o criei para ser um homem de bem”, disse o pai, em entrevista à TV Record Itapoan.
O baiano permanece detido até completar um período de quarentena. Depois disso, ele deve ser levado à prisão tailandesa. Laércio só poderá se comunicar com a família e os advogados no dia 18 de julho.
Antes de entrar no governo, atuou no mercado financeiro por 20 anos, em gestão independente de fundos de investimentos. Foi também sócia-fundadora e diretora de fundos de investimento.
A relação profissional com Guedes teve início na Bozano Investimentos, empresa na qual os dois foram sócios. Como assessora do ministro, Daniella participava das decisões importantes e costumava ir, a mando de Guedes, para negociações com o Congresso e com o Palácio do Planalto.
Fonte: bnews.com.br