O entregador de aplicativo Lucas Silva, 26 anos, expulso do Brasília Rádio Center, na Asa Norte, nessa terça-feira (10/5), contou ao Metrópoles que nunca tinha sido “tão humilhado assim”.
“O segurança mandou eu tirar a moto e me chamou de folgado. Depois, outro segurança apareceu apontando o dedo na minha cara, me agredindo e mandando eu sair. Aí, eu já comecei a gravar e, em nenhum momento, eu fiz agressões de palavras ou físicas para o lado deles. Fiquei falando que só queria fazer a minha entrega. Nunca fui tão humilhado assim”, lamentou Lucas.
Segundo o motoboy, a confusão começou quando ele parou a moto em uma área de carga e descarga, enquanto esperava a cliente descer para pegar o almoço. Um vídeo, gravado pela própria vítima, mostra o momento da briga.
Veja:
A gravação mostra dois vigilantes de terno batendo boca com o motociclista. “Tira a mão de mim!”, pede o entregador várias vezes, enquanto um dos trabalhadores tenta levá-lo para a saída. “Eu só vou entregar o pedido”, grita em outro momento. “Você parou sua moto em um lugar que não pode e ainda está reclamando?”, questiona um dos funcionários do prédio.
Em nota ao Metrópoles, o Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas do DF (Sindmoto) informou que repudia qualquer violência ao motociclista no exercício da sua função. O sindicato destacou a falta de preparo dos seguranças do edifício e alegou que “não competia a eles a situação da moto estacionada.”
O outro lado
Questionados pela reportagem, o Condomínio do Brasília Rádio Center destacou que não compactua com nenhum tipo de desrespeito, violência e preconceito. “Nossa equipe recebe treinamento, regras e protocolos para serem seguidos, visando a segurança e o bom funcionamento da edificação”, ressaltou.
Quanto ao episódio dessa terça-feira, o condomínio revelou que as imagens completas do circuito interno do condomínio serão encaminhadas à delegacia.