Novo aumento de imposto é impossível, resta o aumento do déficit, afirma Padilha

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O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira (7) não acreditar em um novo aumento de impostos para aumentar a arrecadação. Com isso, a única alternativa seria alterar a meta fiscal para 2017, que hoje prevê um déficit (despesas maiores que receitas) de R$ 139 bilhões.

” O governo se coloca na seguinte encruzilhada: um, aumentar imposto, e tem que arrecadar de alguma forma, mas mesmo assim, estamos com números menores que os necessários para a arrecadação. Novo aumento de imposto, eu acho absolutamente impossível. Então, o que resta? O aumento do déficit”, disse Padilha na manhã em entrevista à rádio Gaúcha.

O ministro, entretanto, ressaltou que a equipe econômica ainda está analisando “se, e qual será” a eventual mudança de meta de déficit. Na semana passada o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia sinalizado que a possibilidade de revisão da meta era analisada.

Indagado sobre como ficaria a credibilidade da equipe econômica em relação ao mercado por conta da possível mudança da meta, Padilha justificou que “surgiram fatos novos”, e afirmou as o mercado faz a mesma leitura acerca dos números das contas públicas. “Quem no mercado tinha dado ao governo e equipe econômica, credibilidade, compreende e maneja esses dados da mesma forma que o governo”, afirmou.

Entre os motivos para os números abaixo do esperado, conforme Padilha, estão os resultados do Refis (programa de refinanciamento de dívidas de pessoas físicas e jurídicas com o governo federal), desoneração (da folha de pagamento) e a queda da arrecadação.

Em relação à reoneração da folha, Padilha se referia ao fato de a medida provisória enviado pelo governo à Câmara ter perdido a validade na semana passada. No entanto, um novo projeto deve ser encaminhado ao legislativo.

No mês passado, o governo anunciou um aumento de impostos sobre os combustíveis que devem garantir uma arrecadação extra de R$ 10,4 bilhões. Além disso, bloqueou mais R$ 5,9 bilhões do orçamento, elevando o congelamento de gastos a R$ 45 bilhões neste ano.

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