Mulher acusa ex-companheiro de descumprir determinação da Justiça e “sumir” com filho

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Apesar de ter a guarda unilateral da criança de três anos, assegurada pela Justiça, a estudante de direito Catharina Galvão, de 23 anos, está há mais de três meses sem o filho, impedida pelo pai do garoto, o advogado Paulo Roberto Valente Junior.

De acordo com a mãe, no dia 16 de abril ela deixou o filho com o pai para uma visita. Pela determinação judicial, segundo ela, ele deveria devolver a criança dois dias depois. Mas isso não aconteceu.

Segundo Catharina, desde então, Paulo Valente descumpre a guarda unilateral e a impede de ver o filho. De lá pra cá, ela conta que viu a criança apenas uma vez, por uma chamada de vídeo.

“Quando meu filho implora pra me ver, ele arranca o celular […] Ele diz que meu filho está me negando, sendo que ele é acostumado a ficar comigo. Desde que nasceu, nunca ficava com babá”, relatou a mulher ao BNews.

Na última quarta-feira (14), uma decisão liminar da 6ª Vara de Família da Comarca de Salvador autorizou a busca e apreensão do menor com presença de força policial nos endereços de Paulo Valente e do seu pai, na capital baiana, mas o homem não foi encontrado com a criança em nenhuma das residências. A determinação prevê multa diária de mil reais.

O advogado também tem contra ele uma medida provisória em favor de Catharina Galvão após episódios de violência psicológica e tentativa de agressão relatados por ela.

Após a divulgação da situação, Paulo Valente utilizou as redes sociais para se posicionar. Ele negou que esteja foragido e afirmou que o filho está na casa dos seus pais.

O advogado alegou ainda que não permitiu o retorno do menino para a casa da mãe por conta de supostos maus tratos sofridos por ele.

“Fiz diversos requerimentos em processo que buscam a modificação do lar. Para que meu filho seja criado em ambiente propício ao desenvolvimento de uma criança, sem risco à sua integridade física e psicológica. Mesmo comprovando tudo isso, a Justiça entende que o meu filho deve retornar ao lar materno”, afirmou.

A versão é contestada pela advogada de Catharina, Mônica Santana. De acordo com ela, o pai, na tentativa de ter a guarda do menino, prestou queixa de maus tratos contra a mãe, mas não apresentou provas.

“Nem mesmo o exame de corpo delito ele levou a criança para fazer quando assim foi orientado, o que fez com que o inquérito ficasse com status de inconcluso”, afirmou à reportagem.

A advogada também ressaltou que, no cumprimento do mandato de busca e apreensão, o avô da criança informou que ela não estava na residência.

Informações: Bnews

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