Moradores de Condomínio relatam rachaduras após compra de imóvel e denunciam negligência da construtora; Relatório da Defesa Civil aponta risco

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Na tarde desta sexta-feira (21), a redação da TV Caldeirão, recebeu a denúncia por parte de moradores de um dos prédios do Condomínio Ideale Giardini, localizado no bairro Conceição, que vem sofrendo com consecutivos embates envolvendo a construtora dos imoveis e os mesmo. O fato é que pouco tempo após a compra dos imóveis, rachaduras e deterioramentos estruturais, começaram a parecer em diversos locais. Contactando a construtora, a mesma teria feito reparos superficiais, mas estes mesmos não duraram muito tempo, e voltaram a ceder, e esta situação vem se arrastando a anos sem resolução.

“Compramos um imóvel da R Carvalho, a qual hoje se chama Estação I, e recebemos no final de 2018, a princípio estava todo ok, com o passar do tempo começaram a aparecer algumas rachaduras, a construtora foi contatada, e chegou a fazer os reparos porém não forneceu nenhum número de protocolo ou ordem de serviço. Com o passar do tempo apareceram várias rachaduras onde não existiam antes, e algumas que já haviam sido reparadas retornaram, foi feito o estudo do solo por parte da construtora e foi detectado um pequeno problema no solo e eles começaram a fazer monitoramento do terreno, foram feitos os reparos em outubro 2020, com menos de 6 meses as rachaduras voltaram”, conta uma das moradoras em depoimento.

Preocupados com o risco de desabamento, os moradores entraram em contato com a Defesa Civil, que fez uma visita e constatou em laudo os danos estruturais, e considerou urgente os reparos, que, caso não realizados, poderiam trazer risco a integridade física dos moradores.

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“Por não ter acesso ao laudo do solo, feito pela construtora (segundo eles como eles pagaram, não iriam nós fornecer), solicitamos ao condomínio que fosse feito um laudo pago pelos condôminos para que pudêssemos saber a real situação, porém o condomínio juntamente com a sua administradora nos negou uma cópia alegando a lei de proteção aos dados (LGPD), que poderíamos apenas ir lá olhar, porém passou o laudo para a construtora. Uma moradora conseguiu contatar um engenheiro que foi olhar o laudo para ela e no laudo trás a necessidade de reforço do solo da base do prédio o mais rápido possível, e que para isso seria necessário a remoção dos moradores, porém o laudo foi emitido no final de julho/2021 e apenas agora em janeiro/2022 que eles tiveram a iniciativa de fazer a obra”, explica.

Segundo os moradores, a construtora teria se mostrado inclinada a fazer os reparos apenas no inicio deste ano, com os moradores ainda residindo nos imóveis, o que poderia trazer risco aos mesmos caso algum acidente ocorresse. “Eles querem mexer na estrutura do prédio sem remover os moradores, no cronograma que foi entregue hoje, trás que a intervenção já começa na segunda feira dia 24/01/2022, e que o prazo de conclusão em 30/08/2022, como vamos ficar mais de 6 meses com barulho de máquinas trabalhando, pedreiros entrando e saindo em casa durante essa pandemia, fora a poeira, o barulho e o cheiro de tinta e dos materiais usados nos reparos, aqui no prédio temos crianças pequenas, gestantes, idosos, pessoas que trabalham em home office, pessoas com doenças crônicas?”, questiona a moradora, que teme pela integridade física dos seus familiares e vizinhos.

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