Médica suspeita de matar filho de 3 anos no DF ficará presa por tempo indeterminado

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Justiça do Distrito Federal decidiu nesta quinta-feira (28) manter presa por tempo indeterminado a pediatra Juliana de Pina Araújo, detida em flagrante por suspeita de matar o próprio filho de 3 anos com overdose de medicamentos. A prisão preventiva dela foi determinada na audiência de custódia.

Segundo a juíza Lorena Alves O campos, a medida é necessária frente à gravidade do caso. A magistrada mencionou o depoimento de testemunhas e confirmou que existem indícios de que o crime foi cometido pela mãe.

“As circunstâncias, sobretudo o fato de ter matado seu próprio filho de 3 anos, bem como o modo como realizou a conduta (supostamente colocando remédio/veneno na mamadeira da criança), demonstra a necessidade da prisão. Tais circunstâncias confirmadas pelas testemunhas extrapolam enormemente a gravidade ínsita ao tipo de homicídio.”

A mulher foi defendida pela Defensoria Pública. Na audiência, foi pedido que ela responda em liberdade, sob o argumento de que ela sofre de depressão, está hospitalizada no Instituto Hospital de Base, sob escolta da polícia, e em “estado de choque” por conta do episódio.

Já o Ministério Público afirmou que, por mais que seja um episódio isolado, é certo que “não se pode ignorar a gravidade” porque “extrapola enormemente a gravidade normal do crime de homicídio o fato de uma mãe matar seu próprio filho, o que configura verdadeira tragédia”.

Entenda

O caso aconteceu na noite de quarta-feira (28), na 210 Sul. A polícia disse que achou envelopes com remédios de uso controlado no lixo e, ao lado da criança – encontrada já morta sobre a cama –, havia uma mamadeira com leite.

Testemunhas relataram que a mãe fez um corte no pescoço e saiu correndo pelas escadas do prédio, sangrando.

Quando o porteiro viu a situação, segurou a moradora. A polícia foi chamada pelos vizinhos, depois de perceberem que a criança já não acordava mais.

O episódio aconteceu por volta das 18h30. O menino foi socorrido ao Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), mas os médicos não conseguiram reanimá-lo.

Investigação

Apenas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) vai confirmar a hipótese de overdose, levantada pelos investigadores.

A mãe foi levada ao Hospital de Base, onde está internada, mas presa sob escolta policial. Ela deve responder por homicídio qualificado, com agravante por ter matado um menor de 14 anos.

Na 1ª DP (Asa Sul), o pai da criança prestou depoimento. Segundo ele, a mulher era uma mãe exemplar. O casal é separado há quase dois anos.

De acordo com a polícia, a mãe estava afastada do trabalho por causa do tratamento contra depressão.

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