Mãe acusa UBS Caseb 2 de erro em vacinação de bebê recém nascida; Vacina teria sido aplicada em local errado e criança precisou fazer cirurgia; Assista

1

Na tarde desta segunda-feira (03), chegou a redação da TV Caldeirão, o relato de uma mãe, que teria sofrido um caso de erro médico com sua filha recém nascida. Segundo ela vacina teria sido aplicada em local errado o que causou uma inflamação no joelho da criança que se agravou para caso cirúrgico.

A senhora Reijane Borges ( @borges.reijane ), conta que teria precisado encaminhar a filha para se vacinada em um posto de saúde, pois a maternidade não aplica mais vacinas, após muito procurar, encontrou as vacinas BCG e Hepatite no posto da UBS Caseb 2, onde pediu que sua filha e esposo, levassem a criança para receber as doses, pois por conta do parto cesariano não poderia se locomover, mas após retorno da criança começou uma luta que já se arrasta por nove meses.

“Minha filha nasceu dia doze de março em Feira de Santana, como o hospital não faz me indicaram um posto de saúde, por conta da pandemia, só consegui na UBS do Caseb 2, como fiz cesariana e moro em apartamento com escadas, pedi para minha filha e meu esposo levar Maria para vacinar. Instinto de mãe ou não, fazei gente tirem foto, pois tive minha filha após 25 anos da primeira, e queria registrar cada momento, ai levaram, mas quando chegou lá, atenderam até muito bem e fizeram a vacinação, a BCG aplicaram normalmente, mas a de Hepatite, ao invés de aplicar na lateral da perna, aplicaram a um centímetro do joelho. Tudo bem, disseram que na hora a menina ficou nervosa, e chorou, logico pois a vacina foi feita em local errado. Nós adultos já não temos carne próximo do joelho, imagine uma criança recém nascida, que nasceu com pouco mais de dois quilos. Não tinha onde se furar ali, logico que deve ter encostado a agulha no joelho. Quando chegou em casa eu falei que tinham deixado aplicar a vacina em local errado. E daí foram passando os dias e começando a observar o local foi ficando vermelho, depois foi escurecendo e crescendo a mancha, tanto que me perguntava, se era um sinal, mas eu dizia que tinha sido uma vacina que tomou”, conta.

Reijane continua o depoimento contando que a criança com o agravamento do caso a criança precisou fazer uma cirurgia, e uma biópsia do local, mas mesmo após o tratamento invasivo, os pontos abriram o que causou piora do quadro.

“Minha filha desenvolveu um hematoma no local da vacina, onde ficou parecendo um furúnculo, que murchou e virou uma bolha de agua como uma queimadura. Quando fui ao posto de saúde disseram que não poderiam fazer nada, que deveria ir até a Secretaria de Saúde para notificar o caso. Fui eu junto com minha bebê para a secretaria, onde começou um jogo de empurra, entre o posto e a secretaria que ficaram jogando de um para o outro e nada se resolveu. Até que uma pessoa da Secretaria que se dispôs a ajudar mas não pode ajudar muito, me disse que até onde poderia me ajudou mas que a partir dali não cabia mais a ela pois não era a área dela, que tinha que passar por um infectologista e notificar o caso, o que foi sem sucesso. Então fui eu para o posto novamente do Caseb 2, onde uma enfermeira me passou para o coordenador e contei toda a história novamente, e o coordenador me passou para a pediatra no dia seguinte, que atendeu todas as crianças e Maria ficou por último, mas não reclamei, esperei. A pediatra então examinou ela, pesou olhou as vitaminas, tudo certinho, e mandou eu voltar para o coordenador para marcar um infectologista, que então marcou para um data distante no Hospital da Criança. A perna da minha filha começou a inflamar, e como meu esposo trabalha numa empresa que tem plano de saúde, nós fomos ao hospital que atende ao plano, e tivemos que pagar, pois o plano dele não cobre infectologista pediátrico. Mesmo sem condições minha sogra ajudou e pagou a primeira consulta, e em fim minha filha passou pelo infectologista, que contei meu relato e ela disse que realmente não se vacina próximo do joelho e sim na lateral da perna, mas vamos entrar com o tratamento e ver o desenvolvimento o que podemos fazer por Maria. Daí então foram medicamentos antialérgicos, pomadas, e nada se resolveu, pagamos quatro a cinco consultas com essa infecto e ela disse o que ela poderia fazer por minha filha tinha sido feito, e que iria passar para um cirurgião pediatra, pois o caso de Maria era para cirurgia. Chorei muito, fiquei desesperada, pedi força a Deus e segui em frente. Tive que pedir demissão do meu trabalho para cuidar da minha filha, e correr atrás para não deixar minha filha aleijada. Fui atrás do cirurgião que informou que assim que inflamasse novamente para eu voltar que ela teria que operar, fiz os exames todos para a cirurgia e a perna da minha filha ainda inflamada e coçando muito, isso após nove meses, para verem o tempo que venho andando atrás, sem retorno nenhum por parte da Saúde Pública de Feira. Não sei dizer se hoje o Secretário sabe desses casos, mas a secretaria e o posto com certeza tem conhecimento e até agora nada”, explica.

“No dia 13 de dezembro minha filha foi submetida a uma cirurgia, anestesia geral, entreguei ela nos braços da técnica me acabando de chorar, fiquei fora da sala de cirurgia ainda chorando muito, pois sabemos que toda cirurgia, ainda mais com anestesia geral tem seus riscos. Então Maria passou por esta operação de uma hora e dez minutos, tirou um pedaço de dentro da perna para fazer a biopsia do local da vacina, e teve dez pontos. Mas após o procedimento, por conta dela ser uma criança que já está tentando andar, ela não para quieta, e não temos como controlar, o que fez os pontos abrirem todos, fui novamente ao médico para a revisão, e o médico informou que fez os pontos muito bem feitos justamente por ela ser uma bebê mas que por ela estar se movimentando os pontos abriram. Fui então para a UniMed emergência, e lá uma pediatra me atendeu e disse que não estava infeccionado o local, que não iria passar antibióticos, se voltasse a inflamar que retornasse. Retornando outro médico disse que estava infeccionado, e passou um antibiótico. Minha filha vai tomar cefalexina durante oito dias, e outro medicamento na perna, e se não melhorar, vai ter que ser feito uma raspagem, submeter Maria novamente a um centro cirúrgico, a outra anestesia geral, para tentar solucionar o problema. Então o que me dizem como fica o coração de uma mãe, tudo por conta de uma irresponsável, desse jeito. Minha filha está presa sem poder andar, pois não consegue colocar força na perna, que está dobrada, está com a perna infeccionada, e uma criança e nasceu saudável, não precisou tomar nenhum medicamento, nessa pandemia toda nem uma gripe não teve, está tendo que fazer uso de antibióticos fortes, e nenhuma assistência da Secretaria de Saúde eu não tive e continuo sem ter”, narra.

Segundo a mãe, ela teria procurado o posto e a secretaria em busca da notificação e documentações mas sem sucesso. “Voltei várias vezes ao posto pedindo a notificação, mas me disseram que estaria na Secretaria de Saúde. Eu como mão tenho o direito de ter a documentação da minha filha, uma guia dessa notificação, e não tive êxito. Eu trabalhei com notificação e sei que deveria ter. Eu quero saber se notificaram como efeito adverso, pois se fizeram irei a justiça, porque foi erro de vacinação, eles tem que admitir o erro deles. E outra todo cartão de vacinação no local da vacina, deve constar os dados da vacina e o nome da técnica que vacinou, mas no da minha filha, acho que no fundo ela teve noção que vacinou errado, tanto que não colocou o nome e só as iniciais. Quando cheguei no posto reivindiquei isso só que nunca me deram a informação do nome dessa técnica. Até hoje não sei o nome desta monstra que vacinou minha filha, pois uma pessoa dessas não deveria estar trabalhando nem com animais, quanto mais com seres humanos, pior ainda com crianças que são indefesas. Se ela tem costume de vacinar ou não eu não sei, mas com a minha filha ela errou. Deus me deu a minha bebê perfeita e hoje ela tem sequelas por conta do erro de uma pessoa que não está nem ai”, desabafa.

Dona Reijane termina seu relato com um alerta. “Estou fazendo aqui este depoimento para vocês ficarem atentos quando levarem seus filhos para vacinar. Eu não indico o posto do Caseb 2 para mãe nenhuma, se não quiserem chorar não levem lá. Minha filha foi vacinada dia 16 de março, no turno da tarde, fica aqui o alerta. Deus está me dando forças e irei lutar até os últimos dias da minha vida, mas quem fez isso com minha filha irá ser punido, para ela não fazer mais isso com criança e mãe nenhuma, a dor que estou sentindo mãe nenhuma merece sentir, não é justo ter uma filha saudável e ser frustrada por conta de uma irresponsabilidade de uma técnica de enfermagem, esse é meu relato como mãe, e vão ainda ouvir muito falar de mim, pois não irei para por aqui”, expões.

Assista ao depoimento na integra:

OUTRAS NOTÍCIAS