Lázaro Ramos fala sobre críticas do filme Medida Provisória pelos apoiadores do governo Bolsonaro

Brazilian actor Lazaro Ramos poses during the photocall of the preview of his debut film as director, "Medida Provisoria" (Executive Order), during the Rio Film Festival in Rio de Janeiro, Brazil, on December 15, 2021. - The movie has no date of release in Brazilian cinemas yet. (Photo by DANIEL RAMALHO / AFP) (Photo by DANIEL RAMALHO/AFP via Getty Images)

Lázaro Ramos foi convidado do “Roda Viva”, da TV Cultura, desta segunda-feira, 11 de abril. O ator, diretor e escritor usou sua sabedoria e elegância nas palavras, para falar das críticas recebidas pelos apoiadores do governo Bolsonaro, a respeito de seu novo trabalho, o filme “Medida Provisória”, além de ataques à esposa do ator, a atriz Tais Araújo. Mario Frias, ex-secretário da Cultura, falou que Ramos e Araújo são “artistas que não fazem nada pelo país”. Já Sergio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares, chamou Taís de “mimizenta”.

“Isso é campanha política que eles estão fazendo pra chamar a atenção em cima de nós, que temos relevância, temos público, e isso vai tirar inclusive o foco dos problemas do governo. É uma cortina de fumaça, isso não tem nada a ver com a gente. É para as pessoas não debaterem sobre o preço da gasolina, o preço dos alimentos. É para as pessoas não debaterem a crueldade e a falta de valor à vida com que a pandemia foi tratada. É para isso”, disse o ator, que prosseguiu:

“Na verdade, essa é uma tentativa que eles fazem há muito tempo, mas cada um luta com as armas que tem. Eu acredito muito nas armas com que a gente está lutando, que é ser ético, correto, respeitoso, trabalhador. É isso que a gente tem a oferecer ao mundo. Com relação a isso, quem vai atrás deles: só lamento.”

SOBRE “MEDIDA PROVISÓRIA”

Lázaro Ramos contou um pouco da esperiênca de seu filme, “Medida Provisória”, que tem estréia marcada nesta quinta-feira, 14 de abril. A história retrata o Brasil num futuro onde o governo decreta uma medida provisória que obriga negros a voltarem para a África, como forma de reparação ao passado escravo no país.

“Fiquei morto de ciúmes [da atuação de Taís Araújo com Alfred Enoch]. Geralmente eu não tenho, não sei o que aconteceu, mas eu estava muito envolvido no filme. Mas é estranho, é esquisito. ‘Beija mais, repete’. Dá desespero quando erra a cena… Tive que aprender e conversei com ela. Olha que mico!”, brincou.

 

Fonte:ofuxico.com.br

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