Juliano Cazarré fala de recuperação da filha e licença de ‘Pantanal’

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Juliano Cazarré, o Alcides de “Pantanal”, usou o perfil no Instagram nesta segunda-feira (4) para dar notícias da filha, Maria Guilhermina, que está na UTI, e explicar seu afastamento da novela por uns dias para estar mais perto da família durante o tratamento da menina, que nasceu com uma cardiopatia rara.

“Seguimos aqui ao lado da nossa pequena guerreira, Maria Guilhermina. Amanhã ela completa duas semanas. Foram muitas emoções e muitos avanços nesse tempo. Ela tem se recuperado bem e nos últimos dias ganhou os parabéns dos amigos médicos”, afirmou.

“O próximo passo é a extubamento. Peço a vocês que rezem por ela, para que a extubamento aconteça com sucesso e que ela reaja bem ao procedimento”, diz, no texto. 

O texto acompanha uma foto da mulher do ator, Letícia, com Maria Guilhermina, no hospital. Além de dar informações sobre a saúde da filha, ele explicou seu afastamento temporário da novela:

“Na verdade eu apenas tirei alguns dias de licença para acompanhar o parto e os primeiros dias da Guilhermina. Nesse tempo já voltei para o Rio, gravei a novela, passei em casa, fiquei muito agarrado com o Vicente, o Inácio, o Gaspar e a Madalena. Voltei ontem para São Paulo e vou ficar aqui uns dias, mas logo logo já volto para seguir gravando ‘Pantanal'”.  

O ator também aproveitou para agradecer as mensagens de apoio: “Agradeço do fundo do meu coração a todos que tem rezado e mandado mensagens carinhosas desejando a recuperação da nossa amada pequerrucha. As mensagens são tantas e tantas que eu não consigo nem ler, nem responder todas. Por favor, não fiquem chateados. Eu já li muitas e muitas mas o carinho de vocês foi tanto que me falta até tempo para ver tudo”.

E ressaltou a atenção da equipe médica e a ajuda da família: “Minha gratidão eterna aos médicos, enfermeiros e fisioterapeutas da Beneficência Portuguesa por salvarem a vida da nossa filhinha e cuidarem tão bem dela nesse período tão delicado. Meu agradecimento também aos vovôs e vovós que foram para a nossa casa ajudar com a gurizada enquanto eu e mamãe cuidamos da Guilhermina”.

“Minha gratidão também à Ana, à Kelly e à Mariana, nossas babás, funcionárias e amigas, que tanto estão nos auxiliando nesse momento. Sem vocês, meninas, seria impossível e impensável que viéssemos para São Paulo. E se não viéssemos para cá, a Guilhermina não teria chance de lutar pela vida”.

Maria Guilhermina nasceu no dia 21 de junho, ela foi diagnosticada com Anomalia de Ebstein, uma cardiopatia congênita rara. Para melhor acompanhar o tratamento da filha, o ator foi dispensado das gravações da novela. “Eu acredito que, depois das igrejas, as UTIs pediátricas sejam os lugares na terra onde se concentram mais anjos e santos… Às vezes eu sinto como se quase pudesse vê-los! Devem ser olhos do coração”, escreveu Letícia na legenda de uma foto do lugar, no fim de semana.

Em seu stories, Letícia disse ainda que “Maria Guilhermina de Guadalupe segue melhorando”: “Muito obrigada pelas orações”. Ela também falou sobre o dia a dia das mães que estão com bebês em UTIs: “As mães que estão por lá, suplicando pela vida dos filhos. Deus ouve a oração de cada uma, e os anjos acampam nesse lugar”.

“Maria Guilhermina chegou com um coração especial. Nos exames pré-natais, descobrimos que ela teria uma cardiopatia congênita rara. Ao longo da gestação, os médicos perceberam que o caso dela seria um dos mais raros e graves dentro da anomalia”, disse o ator no Instagram, na ocasião do nascimento.

O que é Anomalia de Ebstein?

Segundo o médico Vinicius Menezes, cardiologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Anomalia de Ebstein é uma cardiopatia rara da válvula tricúspide, que afeta apenas um em cada 10 mil bebês, com distribuição igual entre meninos e meninas.

“Quando ocorre a Anomalia de Ebstein, a válvula tricúspide é malformada e fica posicionada em uma posição muito baixa, permitindo que o sangue escape para trás a partir do ventrículo para o átrio”, explica o especialista.

O tratamento, ainda segundo o médico, pode ser feito com medicação que controla a insuficiência cardíaca congestiva ou os ritmos cardíacos anormais. Se a condição da criança for grave, no entanto, pode haver necessidade de cirurgia.

“Com a evolução da Medicina, houve aumento da sobrevida de pacientes com cardiopatias e a recuperação após abordagem cirúrgica nos centros especializados tem se tornado cada vez mais favorável. Eventualmente, os pacientes conseguem viver com baixos sintomas ou sem sintoma nenhum”, conclui Menezes.

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