Jovem de 19 anos é dopada, estrangulada e esfaqueada pelo ex-namorado

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A circunstância da morte de Sashira Camilly, de 19 anos, já foi descoberta pela Polícia Civil de Vitória da Conquista, no sudoeste do Estado. O corpo dela foi encontrado na quinta-feira (16/9), na cidade de Planalto, a 50 quilômetros do munícipio em que ela morava.

O jovem confessou que dopou e esfaqueou a namorada, mas ela sobreviveu. Por isso, teve que chamar dois amigos para ajudá-lo. Marcos Vinícius estrangulou a mulher e Filipe Gusmão ajudou a combinar o crime.

DETALHES

Rafael contou que haviam terminado diversas vezes e, no momento do crime, eles estavam mantendo uma relação escondida dos pais de Sashira – portanto, marcou um encontro sem que ninguém soubesse, na intenção de matá-la.

Ele alega que tinha brigas constantes com a namorada, “pois ela sempre humilhava o interrogado , chamando-o de covarde, lixo, filho da put*… e sempre bloqueava o interrogado nas redes sociais”, segundo o documento. Nos dias que antecederam o homicídio, ele disse que a relação estava “bem”.

Porém no dia anterior do crime, ela decidiu não ir ao encontro marcado para o dia 25 de setembro. Ele afirmou que ela era “muito inconstante”, portanto insistiu para que a moça fosse ao seu encontro, às 14h, próximo a casa dele.

Ainda segundo o relato de Rafael, os dois entraram no carro dele. O suspeito havia levado comidas e bebidas, mas dentro do refrigerante havia colocado gotas de um remédio tarja preta, na intenção de dopá-la, mas Sashira sentiu o gosto do medicamento e não terminou de beber. “O interrogado já estava com intenção de tirar a vida de sua namorada e por este motivo  iria deixá-la dopada”, narra o documento oficial.

Como a menina já havia bebido alguns goles do refrigerante e já se mostrava sonolenta, Rafael conta que decidiu continuar o plano. “O interrogado decidiu assumir a direção do veículo e seguiu para a região de Itapirema. Parou logo na entrada da estrada, perto de uns eucaliptos e lá o casal saiu do carro. Conversaram sobre o relacionamento  ocasião em que o interrogado indagou à namorada o motivo pela qual ela o ofendia com frequência e ela justificou, alegando que ela era imatura, mas que gostava muito do interrogado”, diz o termo assinado por Rafael.

Não satisfeito, o homem tentou fazer com que ela fosse para um lugar mais distante, mas a jovem percebeu o perigo e tentou correr. Armado com uma faca de caça, ele foi atras dela, ferindo-a no pescoço, rosto e mãos, “esclarecendo que os cortes foram superficiais , apesar de terem sangrado bastante”.

Ainda consciente, Sashira pediu que o namorado a levasse ao hospital, mas Rafael afirma que não fez isso por medo de ser preso. Ainda segundo o suspeito, ele “não teve a coragem de tirar a vida de sua namorada com as próprias mãos”, então pediu ajuda de dois amigos.

AMIGOS

O relato de Rafael narra ainda que ele mandou a localização para dois amigos, Filipe e Marcos. Felipe já sabia do crime desde o dia anterior, quando começava o planejamento para tirar a vida da namorada, e teria indicado Marcos para fazer o serviço.

Marcos era colega de faculdade de Rafael e chegou ao local de uber, por volta de 17h30, até o local marcado – o suspeito havia colocado a namorada ferida no porta malas do carro e dirigido a outro local.

Marcos teria sido o responsável por arrastar Sashira para fora do carro e estrangulá-la. “Que o interrogado [Rafael] acredita que ela estava sem vida quando foi levada para o porta malas, pois quando ela  apresentava alguma reação, Marcos a estrangulava ainda mais; que em seguida Marcos mandou o interrogado ir pegar uma pedra ou algum objeto, mas o interrogado se recusou a pegar pedra, pois achou muita crueldade”, narrou Rafael, em sua confissão.

Ainda assim, os dois decidiram pedir emprestada uma chave de fenda a uma moradora, sob a desculpa de que o carro em que estavam estaria com problema. A intenção da dupla seria ferir a jovem ainda mais, mas acabaram desistindo do plano e jogando as fermentas pelo caminho.

DESOVA

Rafael disse que, após terem certeza da morte de Sashira, Marcos saiu com o seu carro na intenção de desovar o corpo. Ele teria sido deixado em outra área da cidade e não acompanhou o ocorrido.  O corpo foi encontrado na Lagoa das Flores.

A confissão de Rafael diz que ele conhecia Marcos apenas de vista, sendo tudo combinado com Filipe. A confissão do ex-namorado ocorreu no mesmo dia do crime, um dia antes do corpo ser descoberto. Os três foram levados ao Distrito Integrado de Segurança Policial (DISEP), de Vitória da Conquista.

Informações: Fala Genefax

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