Jacobina: Sesab nega vínculo com biofábrica que desenvolveu mosquitos transgênicos

mosquito

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) negou, por meio de nota enviada ao BNews, qualquer vínculo contratual ou convênio com a Biofábrica Moscamed Brasil, por meio da qual foi desenvolvido o projeto da empresa britânica Oxitec, que mosquitos Aedes aegypti transgênicos machos em Jacobina, no Centro-Norte da Bahia, entre 2013 e 2015. O estudo foi apontado como fracassado, mas a empresa nega.

Segundo a pasta, a Moscamed era a “responsável pela produção, transporte, entrega e liberação do mosquito Aedes da linhagem transgênica OX513A, visando à prevenção, controle e combate da população natural por meio de machos transgênicos”.

Apesar do posicionamento da Sesab, no site da instituição, consta que o projeto é uma parceria conjunta entre a Moscamed e a Universidade de São Paulo (USP). Além disso, tem o apoio do Ministério da Saúde (MS), da Secretária da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), e da prefeitura de Juazeiro, onde fica a sede da biofábrica.

No site, uma publicação feita em junho de 2013, indica que com os recursos da Secretaria de Saúde da Bahia o projeto foi implantado inicialmente em cinco comunidades de Juazeiro, no Norte da Bahia, quando o secretário da Saúde do Estado era Jorge Solla, hoje deputado federal.

“O resultado foi uma redução de 84 a 100% nos índices de larvas encontradas do mosquito selvagem nessas localidades. Com esse resultado Jorge Solla, secretário de saúde da Bahia, nos convocou para trazer o projeto até Jacobina, uma das 11 cidades com o maior índice da dengue no estado”, disse a professora Margareth Capurro na época.

O projeto foi implantado na em Jacobina na gestão do ex-prefeito Rui Macedo. Procurada, a assessoria do Executivo Municipal disse que não encontrou nenhum dado sobre o projeto nos arquivos da prefeitura.

De acordo com o último boletim epidemiológico, datado de 10 de setembro de 2019, o coeficiente de incidência para dengue em Jacobina coloca o município na 55ª posição entre os 417 municípios da Bahia, com 77 casos. A pasta destaca que há municípios com índices maiores, como Feira de Santana (1.309), Salvador (291), Coração de Maria (202), Iraquara (152), Santo Estêvão (127), Luís Eduardo Magalhães (123), Serrinha (111), Seabra (109), Barreiras (102), Paramirim (99), Remanso (88), Wagner (85), Morro do Chapéu (83) e Cristópolis (79).

Fonte: BNews

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