Instituições de ensino da Bahia participam de projeto que mapeia evolução da Covid-19 no país

uefs

Cinco instituições públicas de ensino superior da Bahia participam de um projeto nacional que busca traçar o panorama da evolução da Covid-19 no país. O objetivo é compreender as mutações do vírus Sars-Cov-2 e definir uma previsão sobre o futuro da pandemia.

Intitulado Geocovid Mapbiomas, o projeto disponibiliza gratuitamente diversos dados sobre a Covid-19, como números de casos e óbitos. Participam da ação mais de 30 pesquisadores liderados pelo professor Washington Franca-Rocha, da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), uma das instituições que integram o estudo.

“Dados como números de casos, números de óbitos, coberturas vacinais, são todos monitorados utilizando dados oficiais obtidos nas secretarias de saúde dos estados, dimensionados e colocados em um painel geográfico. Assim, você consegue ter uma visão global por estado, região e municípios”, detalha o professor.

Segundo ele, o projeto disponibiliza as estatísticas desde o início da pandemia no Brasil, que começou em fevereiro de 2020. Por meio dos gráficos, é possível selecionar qualquer data e verificar os índices de doenças no determinado período.

Além da Uefs, também participam do estudo a Universidade Federal da Bahia (Ufba), a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba).

Juntas, as instituições integram pesquisas que combinam recursos de geotecnologias e inteligências artificiais que, por exemplo, são capazes de juntar dados dos boletins epidemiológicos estaduais em um único painel.

Um dos gráficos feito pelo Geocovid Mapbiomas — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Um dos gráficos feito pelo Geocovid Mapbiomas — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

“Criamos programas automáticos que saem buscando as secretarias de saúde dos estados, os resultados dos boletins. Muitas vezes, os boletins estão no formato diferente, então, nosso programa prevê a conversão e padronização dos dados”, explica Washington Franca-Rocha.

Uma das ferramentas do projeto é o painel de projeção, que busca prever como será o comportamento do vírus em determinado período no futuro, com base nos dados atuais e cenários elaborados com base em equações matemáticas.

“Projetamos com maior grau de precisão o que está previsto para daqui a 30 dias, se ocorrer essa tendência que estão hoje nos dados”, detalha o pesquisador da Uefs.

Outro pesquisador do projeto é o professor de física da Uesc, Gesil Sampaio, que representa a região sul da Bahia. Para ele, quanto mais pesquisadores estiverem envolvidos no projeto, melhores serão os resultados.

“Quanto mais competências nós aglutinamos, melhor para a nossa comunidade, porque é como se nós fizéssemos parte do processo de conectar a nossa comunidade a uma comunidade maior de competências que estão servindo a todos. É muito bom fazer parte desse tipo de esforço e trazer o resultado para a nossa região”, avalia.

O projeto também observa processo de vacinação contra a Covid-19 no país. Todos os resultados estão disponíveis no site do projeto.

Um dos gráficos feito pelo Geocovid Mapbiomas — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Um dos gráficos feito pelo Geocovid Mapbiomas — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Informações: G1

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