Impactos positivos da Educação Financeira na infância

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O ser humano começa a ter contato com dinheiro desde cedo. A criança vê os adultos utilizando-o para comprar ou vender e também começa a utilizá-lo para pequenas compras de doces, lanche na escola, brinquedos e assim vai compreendendo que ele serve para adquirir algo que a satisfaça. Logo nessa fase ela precisa aprender que o dinheiro não é de graça, é preciso um certo esforço para consegui-lo. Portanto, não pode ser gasto de qualquer forma e em qualquer quantidade, surgindo assim a necessidade dela aprender a importância de administrar “seus recursos”.


Na opinião de Ângela Carvalho (educadora e terapeuta financeira) é na infância que começamos a aprender de que forma se relacionar de forma saudável com o dinheiro. “Pense um pouco em sua infância e rememore como era a sua relação e de sua família com o dinheiro, o que você sentia quando ganhava-o em pequenas ou até grandes quantias? O que fazia com ele? Quais foram suas conquistas? Quais sentimentos guarda dessa época? Isso interferiu de alguma forma no seu modo lidar com o dinheiro hoje? Provavelmente sua resposta será sim. Pois essa herança cultural e social é muito forte. Tendemos a gastar ou guardar nosso dinheiro de forma intuitiva com base nas emoções vividas com ele ao longo da vida e nem sempre essa é a melhor forma. Isso pode ser diferente, podemos aprender a lidar com o dinheiro através da Educação Financeira desde a mais terna idade”, garantiu.

A Educação Financeira tornou-se uma necessidade cada vez maior na vida da população. Isso porque, atraídas pela facilidade de crédito e pelo forte apelo ao consumo, as pessoas não estão conseguindo eleger as prioridades adequadas às suas realidades e acabam endividadas e até inadimplentes, vivendo um padrão de vida superior a seus rendimentos.
“O conceito de Educação Financeira em que vejo um significado mais completo é do Professor Dr. PhD. Reinaldo Domingos que diz que a Educação Financeira é uma ciência humana que busca a autonomia financeira fundamentada por uma metodologia baseada no comportamento. Objetivando a construção de um modelo mental que provoca a sustentabilidade, crie hábitos saudáveis e proporcione o equilíbrio entre o SER, o FAZER e o TER, com escolhas conscientes para a realização de sonhos”, concluiu Ângela.

Diante desse conceito podemos observar que a Educação Financeira é uma ciência comportamental, ou seja, depende de nós, de nossas atitudes, da relação que temos com o dinheiro. “O seu é usado para realizar sonhos? Se não, está na hora de começar. Se você estiver se perguntando: Meus recursos mal dão para viver, estou endividado e inadimplente, como vou realizar sonhos? Eu te respondo. Através da Educação Financeira, e de um método que lhe ajudará a conhecer sua realidade financeira e transforma-la a seu favor”, garantiu.

Logo na primeira infância, deve ter início a Educação Financeira por meio do exemplo de pais, familiares e professores, com a formação de hábitos e costumes que desenvolvam um comportamento financeiro saudável e sustentável, no entanto para isso é necessária uma reeducação financeira na sociedade, na família e na escola. Atualmente a Educação Financeira é um conteúdo obrigatório nas escolas, porém não deve se restringir a esta.
Primeiro é preciso aprender a ter o dinheiro como um aliado para realizar sonhos através do diagnóstico de sua vida financeira, do orçamento e da poupança (investimento), pois para tudo na vida precisamos de um método, uma forma de chegar ao lugar desejado. O resultado da Educação Financeira é maravilhoso, transforma vidas e pessoas, fazendo-as realizar sonhos e alcançar independência financeira, isso deve iniciar na infância, mas independente se sua idade sempre há tempo para começar e esse tempo é agora.

Fonte: Ângela Mara Magalhães Carvalho da Silva
Educadora, terapeuta financeira e franqueada DSOP
Diretora do Colégio Civilização

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