Grupo É O Tchan celebra 25 anos de carnaval e comemora sucesso: “Culpa é dos anos 90”, brinca Beto Jamaica

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O carnaval de 2020 é recheado de datas históricas para o carnaval de Salvador. Vão ser comemorados os 70 anos do trio elétrico, os 40 do Olodum e os 25 anos de um grupo que fez o Brasil e o mundo dançar: o É O Tchan.

A data é marcada pelo lançamento do primeiro cd do grupo, que na época ainda se chamava Gera Samba. Já no ano seguinte, a banda assumiria a alcunha que deu nome àquele trabalho. As músicas alegres e dançantes fizeram brasileiros de todas as idades decorarem coreografias que ainda estão no imaginário popular.

Dançarinos como Carla Perez, Jacaré e Débora Brasil, se tornaram celebridades “segurando o tchan”, assim como as ilustres Scheilas, Mello e Carvalho, eleitas para serem integrantes do grupo através de votação popular no Domingão do Faustão, um dos principais programas da tv brasileira.

O É o Tchan era presença garantida nas rádios e na televisão do país entre os anos 90 e 2000, se configurando como uma coqueluche. Para além de cds e dvds, o grupo lançou inúmeros produtos licenciados, como roupas e calçados, bonecas, doces, brinquedos e muito mais.

No total, vendeu mais de 12 milhões de discos. O maior sucesso foi em 1997, com o ‘Tchan do Brasil’, que comercializou 2,7 milhões de cópias, no auge da carreira, recebendo uma certificação de Disco de Diamante Duplo, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Discos. Esse cd está entre os 20 mais vendidos da história do país e emplacou hits que ainda fazem parte do repertório da banda, “Dança do Ventre”, “Bambolê”, “Mão Boba”, Dança do Põe Põe” e “Disk Tchan”.

“Eu costumo brincar dizendo que a culpa é dos anos 90, dos pais daquela época que aceitavam a nossa brincadeira, com muito respeito e alegria. Então, hoje o que temos é gratidão por esse público que caminhou com a gente com muito carinho e respeito”, disse Beto Jamaica.

Na mesma linha, Compadre Washington se diz grato pelo histórico do grupo e garante que apesar de 25 anos, a banda segue atual. “ É gratificante permanecer 25 anos na ativa. Estamos na quarta geração de público, temos mais de 16 ,milhões de discos vendidos. Estamos cada vez mais velhos, mas atuais ao mesmo tempo, porque de lá para cá as coisas mudaram”. Para o Compadre, os grupos baianos de pagode que vieram após o Tchan são frutos do trabalho iniciado por eles em 1995.

“Quando começamos só tinha a gente fazendo esse tipo de música. Aí depois as coisas cresceram né? Harmonia do Samba, Psirico, Parangolé, vieram depois da gente”, contou Compadre ao G1.

Para Beto, a vitalidade se deve por conta às atualizações da banda com o cenário atual. “A música da Bahia se renovou nesses 25 anos. Mantemos a essência com as coreografias, o samba duro, mas olhamos para o que está acontecendo de novo também. É uma forma de agradar a todo mundo”.

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