Gestantes reclamam de falta de vagas em maternidades de Feira de Santana

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Duas gestantes em trabalho de parto estão há uma semana buscando vagas em maternidades de Feira de Santana e não conseguem. Na tarde da ultima segunda-feira (28/04), a jovem Fabiana Matos de Oliveira, 16 anos, e Paula Mota Gomes, 19 anos, estavam aguardando autorização da direção do Clériston Andrade para serem internadas. Segundo elas, já estiveram no Hospital da Mulher e na Materdei e não conseguiram ser atendidas por falta de vagas.

O marceneiro Daniel de Jesus Soares, esposo de Fabiana, informou que a mulher está desde a última sexta-feira (25/04) buscando atendimento e até agora está sem assistência. Ele informou que ao percorrer as três unidades de saúde, e ao perceber que não havia vagas, pensou em se esforçar financeiramente e tentou uma vaga para a mulher na Materdei, mas não teve êxito, por falta de vaga. Segundo ele, o custo de uma cesariana, naquele hospital, é de 4 mil reais.

Ele informou ainda que chegou ao Clériston Andrade às 5 horas desta segunda e até por volta das 16 horas não tinha conseguido autorização para internar a paciente. “Estou rodando desde sexta-feira com minha esposa e infelizmente não consigo uma vaga pra ela”, afirmou aborrecido.

A dona de casa Paula Mota Gomes está rodando os hospitais, desde o último dia 22 de abril, e reclama que antes de ir para o Clériston Andrade passou pela Materdei e lá foi informada que, além de não ter vaga para ela ser internada, também não tinha material hospitalar, e que ela não como ser atendida.

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O diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), José Carlos Pitangueira, informou que não é papel da unidade atender os casos de parturientes de baixa e média complexidade e sim da prefeitura. Ele disse ainda que existem 28 leitos de obstetrícia e hoje à tarde o total de mulheres internadas é de 43, 15 a mais que a capacidade normal.

Pitangueira explicou que essa superlotação ocorreu porque durante o período da Micareta houve dificuldades de atendimento no Hospital da Mulher e apenas o Clériston Andrade fez os internamentos para partos. “Que seja bem dito, que o Clériston Andrade é para alta complexidade e não para partos normais”, afirmou.

Ele disse, ainda, que parto cesárea é com a prefeitura, através do Hospital da Mulher, ou na Materdei, que tem convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde). Pitangueira disse que a solução para esse problema está na ampliação do Hospital da Mulher, ocupando espaços onde hoje funciona o Hospital da Criança.

Daniela Cardoso e Ney Silva

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