Feirantes da Marechal fecham a avenida em protesto contra a remoção das barracas e interdição para obras do Novo centro

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“A luta é forte na Marechal. Eles querem remover as barracas das feiras, mas nós queremos dialogar e negociar pois temos propostas para resolver a situação”, informaram os trabalhadores.

Na última sexta-feira (23), foi distribuído um informe aos trabalhadores e trabalhadoras da na Feira da Marechal, na Rua Marechal Deodoro (Centro de Feira de Santana), local historicamente ocupado por feirantes e comerciantes informais. O documento vinha assinado pelo Secretário Municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural, Pablo Roberto Gonçalves da Silva, e tratava da remoção das barracas como parte das obras do projeto “Novo Centro”. A ação do prefeito Colbert Martins Filho (MDB) irá impactar diretamente as mais de 400 famílias que têm no comércio de rua sua principal fonte de renda e acontece em meio aos altos índices de desemprego (14,5%) e insegurança alimentar (125 milhões de pessoas) registradas no Brasil, corroborando com preocupante cenário nacional.

Procurado pelos/as trabalhadores/as, o diretor de Abastecimento da Prefeitura, Cristiano Gonçalves, informou que a retirada das barracas aconteceria até a terça-feira (27), porém o documento distribuído aos trabalhadores e às trabalhadoras da Feira do Marechal não informava prazo algum, o que evidencia a arbitrariedade da medida. Diversas tentativas de abertura de canais de negociação junto à prefeitura já foram buscadas pelo movimento, no entanto, todos foram sumariamente ignorados pelo poder público.

Em nota, a Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária da Universidade Estadual de Feira de Santana (IEPS-UEFS), denunciou que “desde o início do ano, os trabalhadores e as trabalhadoras da feira-livre vêm buscando estabelecer um diálogo com o governo municipal para apresentar uma proposta complementar ao projeto de requalificação da Rua Marechal”. A nota também aponta que, tomando como base um projeto arquitetônico alternativo desenvolvido pela arquiteta e urbanista, Mariana Amaral, “é possível revitalizar a rua e ao mesmo tempo organizar a feira para preservá-la enquanto patrimônio histórico e cultural.

Informações: Blog do Igor

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