Falta de medicação gratuita contra anemia falciforme compromete tratamento de crianças em Feira de Santana

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Cerca de quarenta e seis crianças com idade entre zero e cinco anos, que fazem tratamento contra anemia falciforme em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, estão sem a medicação gratuita há mais de um mês.

A anemia falciforme é caracterizada pela alteração no formato dos glóbulos vermelhos, que ficam com uma forma semelhante a uma foice ou meia lua. A doença causa dores nos ossos e articulações, porque o oxigênio chega em menor quantidade, principalmente nas extremidades, como mãos e pés.

Crises de dor em abdome, tórax e região lombar, devido a morte das células da medula óssea, e pode ter associação com febre, vômitos e urina escura ou com sangue;

Na rede privada, a caixa do remédio custa R$ 35, mas somente uma unidade não é suficiente para o tratamento mensal. As famílias dizem que, geralmente, precisam desembolsar cerca de R$ 200 mensais com o produto.

A Associação Feirense da Pessoa com Doença Falciforme é responsável por receber a medicação do Ministério da Saúde (MS) e distribuir para as famílias. Normalmente, cerca de 230 caixas são distribuídas por mês. Contudo, segundo a entidade, há mais de 30 dias a União não encaminha o remédio.

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) confirmou que há irregularidade na entrega de medicamentos adquiridos e distribuídos exclusivamente pela União.

Segundo a Sesab, a frequente irregularidade no abastecimento dos estoques de vários medicamentos vem sendo notificada pelo órgão ao próprio Ministério da Saúde, ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Ainda de acordo com a secretaria, a maioria dos medicamentos não possui substituto, nem solução de abastecimento imediata, caso o Ministério da Saúde não regularize o fornecimento. O g1 entrou em contato com o Ministério da Saúde, e aguarda um esclarecimento.

Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde de Feira de Santana informou que vai verificar o orçamento e analisar se é possível fazer a compra da medicação.

Informações: G1

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