Exclusivo: A Tv Caldeirão conversou com baiana que mora na Itália e relata momentos de tensão vividos no país; 827 mortes do COVID-19

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Desde o surgimento do coronavírus em 31 de dezembro de 2019 em Wuhan, cidade chinesa com 11 milhões de habitantes esse novo vírus, que recebeu o nome técnico Covid-19, matou milhares de pessoas na China e se espalhou por continentes.

Chegando a Itália em 20 de fevereiro somando 827 mortes. É o país europeu mais afetado pelo vírus, com 12.462 infectados. O primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou novas restrições com o fechamento de todas as lojas, restaurantes e bares para evitar uma maior proliferação.

No Brasil o número de casos confirmados do novo Covid-19 subiu para 69 após o Ministério da Saúde divulgar 52 casos, e a Secretaria estadual de Saúde da Bahia confirmar mais um paciente. Elevando para 3 o número de pessoas com o vírus na cidade de Feira de Santana.

Conversamos com Laiane Ravelly, uma estudante de 21 anos que é brasileira e vive há 2 anos na cidade de Milão, segunda maior em população da Itália. Ela relatou com exclusividade a repórter Eduarda Venezuella a situação em que se encontra o país.

Imagem: Arquivo pessoal

“No início assim como tem acontecido no Brasil, o assunto não era tratado com tanta notoriedade quanto se é hoje, começamos com um caso de alguém infectado, depois passaram para dois, três, e quando vimos já eram milhares, há três semanas estamos sem aulas, as universidades estão fechadas, alguns alunos estão tendo acesso as aulas a distância, restaurantes, bares, lugares culturais estão fechados e mesmo com todo esse processo, infelizmente não foi suficiente, uma vez que os casos não pararam de aumentar, a maior indicação é ficar em casa, não sair tem sido a melhor forma de prevenção. Uma lei tem sido aplicada para aqueles que saem de suas casas sem um motivo de verdadeira necessidade, com multa e 3 meses de prisão domiciliar. Para poder circular em farmácias e mercados é necessário ter um documento de auto declaração do Ministério nos termos que afirma estar ciente das medidas de contenção de contágio”, disse.

Imagem: Arquivo pessoal

Segundo Laiane a maior dificuldade no momento é com a falta de vagas nos hospitais, principalmente na terapia intensiva. “Chegamos em um momento em que se deve escolher quem vai viver e quem vai morrer, as informações que foram passadas na tv é de que a China enviou respiradores e alguns outros mecanismos para tentar ajudar, outra coisa importante é que se alguém apresentar os sintomas não deve ir de forma alguma para o hospital, tem que ligar e a ambulância vai até o local”, afirmou.

Para a estudante a situação chegou neste estágio devido a falta de conscientização. “Logo quando as primeiras informações chegaram, as pessoas faziam piadas, brincadeiras, assim como vejo acontecer em Feira de Santana, todos continuavam saindo por ai, sem se preocupar, talvez se todos nos tivéssemos tido mais cuidado, não estaria desta forma”, concluiu.

Redação: Eduarda Venezuella

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