Ex-PM Adriano da Nóbrega tinha contas pagas por milícia

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O ex-policial militar Adriano da Nóbrega, que era ligado ao gabinete de Flávio Bolsonaro (ex-deputado estadual e atual senador), tinha suas contas pessoais e de familiares pagas por membros de uma milícia. As informações foram
divulgadas após documentos serem apreendidos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Adriano foi morto durante uma operação policial no município de Esplanada (BA). Ele esteve foragido por mais de um ano. A família afirma que ele foi morto vítima de queima de arquivo. 

O material foi recolhido no mês de janeiro e deve ser usado pela Promotoria como prova. Os documentos – faturas de cartão de crédito, boletos de contas de energia e recibos em nome de Adriano também identificado como “Gordinho” – foram localizados no escritório do homem apontado como responsável pelas finanças da quadrilha de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.

Adriano foi homenageado por Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e também defendido pelo presidente Jair Bolsonaro em 2005, quando ele ainda era deputado federal.

Segundo informações publicadas pela Folha de S.Paulo, Adriano tinha até 2018 duas parentes no quadro de funcionários do antigo gabinete de Flávio na Assembleia do Rio. Ele controlava contas usadas para abastecer Fabrício Queiroz, amigo do presidente Bolsonaro e ex-assessor de Flávio suspeito de ser o operador da “rachadinha” investigada pelo Ministério Público do Rio. Nesse tipo de esquema, funcionários são coagidos a devolver
parte de seus salários aos deputados.

As principais provas foram encontradas no escritório de Manoel de Brito Batista, o Cabelo, apontado como o administrador da milícia. Era ele quem controlava pagamentos e cuidava do dia a dia dos negócios explorados pela quadrilha.

Ainda de acordo com o jornal, algumas empresas que aparecem na fatura do cartão de crédito foram notificadas para esclarecer quem foi o real cliente do serviço. As respostas indicam o próprio Adriano, Julia e a mãe do ex-PM, Raimunda Veras Magalhães, ex-assessora de Flávio Bolsonaro, reforçando serem contas pessoais do ex-capitão em nome de laranjas.

O nome “Gordinho” também aparece num vasto registro de contabilidade apontando rendimento com o aluguel de imóveis em favelas dominadas pela milícia.

Fonte: BNews

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