Ex-diretor da OAS reforça retratação de Léo Pinheiro e também nega acusações feitas contra Lula

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O ex-diretor da empresa OAS, Augusto Cesar Uzeda, negou acusações feitas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo ex-presidente da empreiteira Léo Pinheiro na delação premiada firmada com a Lava-Jato.

As informações são da colunista Bela Megale, de O Globo, nesta segunda-feira (20). Em maio deste ano, Pinheiro, redigiu uma carta voltando atrás nas  acusações que fez contra o petista em sua delação premiada firmada no âmbito da Operação Lava Jato.

Anteriormente, o ex-presidente da OAS havia apontado Uzeda como uma testemunha que poderia corroborar fatos apresentados por ele em uma investigação aberta contra Lula pelos crimes de corrupção e tráfico de influência internacional, que terminou sendo arquivada este mês.

Segundo a colunista, além da carta escrita por Pinheiro, as informações prestadas pelo ex-diretor da empreiteira também integraram os argumentos da defesa do ex-presidente na solicitação de encerramento das apurações.

Em esclarecimentos escritos, e organizados em 17 tópicos, Uzeda afirmou que não presenciou nenhum pedido para obter o envolvimento de Lula no aumento de capital do Banco Centro Americano de Integração Econômica (BCIE) durante um evento da OAS realizado em 2011 na Costa Rica.

Ele também disse que toda agenda que presenciou, incluindo uma palestra do petista e um jantar, ocorreu “em local público com centenas de pessoas”.
As declarações vão de encontro com a  delação de Pinheiro, que havia relatado que, durante esta viagem, pediu a Lula que realizasse uma audiência com Nick

Rischbieth, presidente do BCIE. Segundo Pinheiro, o objetivo da reunião era aumentar a participação do Brasil na estrutura societária da instituição financeira e “credenciar a OAS a realizar parceria com tal Banco”.

O empreiteiro afirmou que o encontro ocorreu na suíte onde Lula estava hospedado e que contou com a presença de Uzeda. Contudo, o ex-diretor da OAS nega a existência de uma conversa com o petista nestas circunstâncias, e salienta que meses após o encontro, a OAS teve prejuízos no país, uma vez que as obras da Concessionária San José – San Ramón, em que empreiteira atuava na Costa Rica, foram descontinuadas.

Informações: BNews

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