“Eu apanhei mais no Legião Urbana do que fazendo ‘Marighella'”, diz Wagner Moura

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Quem lembra do tributo do Legião Urbana com Wagner Moura na MTV deve recordar das críticas que o artista sofreu por substituir Renato Russo. Em entrevista ao ‘Mano a Mano’, Wagner contou que sofreu mais ao participar do projeto do que produzindo o filme ‘Marighella’.

Ele contou que é fã da banda desde a infância e que apesar de ter uma banda, ele não é músico. “Você pegou a camisa 9 do Legião Urbana e diz que não canta, os fãs vão ficar bravos”, comentou Mano Brown. Então, Wagner rebateu e disse que sofreu muitas críticas dos fãs da banda. “Pô, mas eu apanhei mais fazendo o projeto do Legião do que ‘Marighella”, contou.

“Disseram que eu cantei mal para c***lho, que tudo, mas aquilo foi uma das coisas mais legais que eu fiz na minha vida”, disse, e em seguida, explicou como foi o projeto. “A MTV queria fazer um show com a Legião, então me convidaram. Eu estava na Alemanha fazendo o filme ‘Praia do Futuro’, então me ligaram e perguntaram se eu queria tocar com Dado e Bonfá para fazer um show, poxa, eles eram meus ídolos, foi incrível, era como se fosse um fã que eles cataram na plateia e colocaram para cantar com os caras”, contou.

Wagner comentou que a banda o ajudou na formação na adolescência e disse que as músicas fizeram parte da vida dele. “Eu fui escutar o rock inglês dos anos oitenta por causa da Legião, por eles, eu fui escutar The Smiths, The Cure, New Order, essa galera que depois eu comecei a ouvir. Li em uma revista que a banda era imitação dos Smiths, então fui procurar saber”, disse.

No podcast, o ator também comentou sobre a primeira vez que viu um show dos Racionais, em Salvador. “Eu nunca vou esquecer aquele show. Você chamou uns moleques do rap de Salvador no palco, você rimou, você fez freestyle com um moleque lá. E eu nunca vou esquecer aquilo, cara. Aquele cara era muito zangado. Era uma raiva muito potente e compreensível”, relembrou.

Depois, Wagner perguntou o que mudou daquela época em relação ao Brown de hoje. “Eu não sou cheio de razão. Eu não afirmo mais nada com tanta convicção. Tá tudo em mutação. Só com 50 anos você percebe isso. Com 20 anos, você é um incendiário, e depois dos 30, vira bombeiro. Você quer corrigir as coisas, aquelas músicas, aqueles machismos, aqueles erros brutais da juventude que só o jovem tem direito a cometer”, disse o MC. Ouça o podcast:

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