Feira de Santana está sem estoque de vacina contra a Covid-19 para idosos desde a última segunda-feira (26). Esta é a quarta vez no mês de abril que falta vacina para este grupo na cidade.
De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Dr. Marcelo Brito, em entrevista ao Bom Dia Feira, na manhã desta quarta-feira (28), a quantidade de vacinas que a cidade está recebendo para aplicação está longe da quantidade necessária.
‘Em vários momentos, nós passamos vários dias sem vacinar os idosos com a primeira dose. Ontem recebemos mais doses, cerca de 3.711 exclusivamente para segunda dose, nenhuma para a primeira dose e isso é ruim porque faz com que a população fique ainda mais ansiosa, corram para as unidades para tomar a vacina, quando ocorre as aglomerações, mas sabemos da dificuldade que a própria secretaria de Saúde do Estado da Bahia tem de fazer essa distribuição, ela não é a única responsável por isso, o Ministério da Saúde também precisa fazer o encaminhamento de vacinas, o pedido que fazemos é que a gente consiga doses extras para que a gente consiga aumentar essa vacinação, estamos com pedido para vacinar professores, para voltar as aulas, mas não é possível’, afirma.
O secretário explica que as vacinas são recebidas com aplicação específica para os grupos prioritários e não há autonomia para fazer remanejamento das doses.
‘Elas vêm subdivididas, vacina do lote tal é específica para um grupo, tanto que se a gente tentar aplicar uma vacina no grupo diferente do que ela veio destinada, o sistema no ministério não permite o lançamento, acusa como erro, não aceita a vacina como aplicada, então não consigo iniciar a vacinação de outros grupos porque não tem vacina’, detalha.
Em função do início da vacinação contra a gripe, o município mantém duas campanhas de imunização ao mesmo tempo. Com isso, a secretaria dividiu os locais de aplicação das vacinas, sendo as Unidades Básicas de Saúde reservadas para a vacinação contra a Covid e as Unidade de Saúde da Família para a vacinação da gripe. (confira lista das unidades aqui)
‘Nós estamos enfrentando um duplo esquema massivo de vacinação, estamos enfrentando uma epidemia instalada e ao mesmo tempo estamos vacinando para evitar também um surto de gripe na cidade, o que agravaria ainda mais a situação dos serviços de saúde que já estão prejudicados, estamos enfrentando um duplo desafio, mas vamos vencer. A separação foi para evitar o risco da vacinação cruzada, de que sejam aplicadas vacinas erradas porque pode haver consequências sérias, se isso acontece, para minimizar ou quase anular esse risco’, detalha Dr. Marcelo.
Informações: Bom Dia Feira