Enem 2022: Confira como o período colonial pode ser apresentada na prova  

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O Brasil Colônia é um dos principais e mais recorrentes conteúdos na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O período marca o início da colonização brasileira pelos portugueses, em 1500, e a independência do país, em 1822.

O Enem costuma ter questões relacionadas à exploração do pau-brasil, instituições governamentais da época, criação do sistema açucareiro, missões jesuítas, corrida do ouro e a escravidão dos povos indígenas e africanos.

O professor de história Dinho Zâmbia, do EstudoPlay, separou algumas dicas para os estudantes que estão se preparando para a prova deste ano.

“Podemos entender o início da colonização do Brasil como um período pré-colonial, no qual Portugal ainda não apresentava tanto interesse em povoar e nem mesmo colonizar efetivamente o território brasileiro, servindo meramente como rota de escala para as Índias e exploração do pau-brasil”, explica o professor.

O período colonial teve início, efetivamente, em 1530, com a expedição de Martim Afonso de Souza para realizar a expedição colonizadora no litoral brasileira. Com o intuito de estabelecer vilas e dividir lotes de terras para os administradores que iriam ocupar a região, as chamadas capitanias hereditárias.

Conheça as capitanias hereditárias e seus respectivos donatários:

  • Capitania do Maranhão: João de Barros e Aires da Cunha e Fernando Álvares de Andrade;
  • Capitania do Ceará: Antônio Cardoso de Barros;
  • Capitania do Rio Grande: João de Barros e Aires da Cunha;
  • Capitania de Itamaracá: Pero Lopes de Sousa;
  • Capitania de Pernambuco: Duarte Coelho Pereira;
  • Capitania da Baía de Todos os Santos: Francisco Pereira Coutinho;
  • Capitania de Ilhéus: Jorge de Figueiredo Correia;
  • Capitania de Porto Seguro: Pero do Campo Tourinho;
  • Capitania do Espírito Santo: Vasco Fernandes Coutinho;
  • Capitania de São Tomé: Pero de Góis da Silveira;
  • Capitania de São Vicente: Martim Afonso de Sousa;
  • Capitania de Santo Amaro: Pero Lopes de Sousa;
  • Capitania de Santana: Pero Lopes de Sousa.

O professor Zâmbia diz que o Enem costuma cobrar temas relacionados a questões envolvendo conflitos, revoltas e desigualdades sociais.

“O foco do Brasil Colonial deve ser em torno das relações sociais, enfatizando a reiteração das hierarquias e os aspectos culturais, precisando muito da interdisciplinaridade história-sociologia”, afirma Zâmbia.

O professor também sugere que o aluno estude sobre a dominação branca em contraste com os movimentos de liberdade dos indígenas. O movimento negro, iniciado desde a força de Palmares, também pode ser cobrado.

Escravidão no Brasil

A economia do Brasil Colônia girava em torno do pacto colonial, que obrigava a comercialização exclusiva entre a colônia e a metrópole.

Os escravos eram utilizados, principalmente, nos engenhos produtores de açúcar e nos centros de mineração a partir. O regime de servidão no Brasil impunha ao escravizado um trabalho exaustivo e desumano.

 

O professor Zâmbia diz ser importante ficar atento às relações de trabalho nos engenhos da região Nordeste e em Minas Gerais. Além disso, destaca a importância “da captura do escravizado na África, seu comércio e venda no Brasil. Assim como o seu convívio nos ambientes de trabalho, toda a discriminação e a formação do racismo estrutural que persiste no país ainda hoje”.

 

Fonte: metropoles.com

 

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