Empresa Rosa pede rescisão contratual na Justiça e moradores da zona rural continuam acampados em frente à garagem

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Se o cenário do transporte coletivo em Feira de Santana não está bom, a crise acaba de se agravar mais ainda. O Acorda Cidade acaba de apurar que uma ação da Empresa Rosa na Justiça pede a rescisão imediata do contrato de concessão.

Na prática, a concessionária está comunicando, através da ação, que não possui mais condições financeiras para atuar no município. Entre os diversos problemas apontados e constantemente noticiados, a Rosa tem sempre alegado dificuldades para arcar com os custo operacionais.

A Prefeitura de Feira, segundo consta nos autos do extenso processo, foi alertada da possibilidade de rescisão antecipada de contrato, além do desequilíbrio e inviabilidade econômica da operação.

Desta forma, o poder público terá agora que encontrar uma forma para que a população não fique sem transporte público, tendo em vista que desde a semana passada o serviço tem sido sofrido interrupções. Confira a ação de número 8020139-38.2021.8.05.0080 protocolada pela empresa na 2a Vara da Fazenda Pública.

O transporte público de Feira de Santana entra, na manhã desta quinta-feira (28), no segundo dia consecutivo com a suspensão parcial do transporte coletivo. Os ônibus da empresa Rosa continuam nas garagens e os moradores da zona rural continuam acampados no local. Eles reclamam da retirada dos ônibus em quatro linhas que atendem localidades da zona rural. Apenas os ônibus da empresa São João estão circulando, e o Terminal Central está fechado.

No final da manhã de ontem (27), o Poder Judiciário determinou o imediato desbloqueio da entrada da empresa e autorizou até mesmo o uso da força policial para a retirada dos moradores, caso necessário, para assegurar o exercício das atividades do Sistema Integrado de Transporte (SIT). No entanto, eles alegam que não foram notificados, embora estejam sabendo da notificação por meio da imprensa.

“Estivemos ontem em uma reunião longa na Secretaria Municipal de Transportes com o chefe de gabinete Rodolfo, cerca de três horas, e não foi apresentada nenhuma proposta que contemplasse a nossa reivindicação, e o secretário Saulo Figueiredo estava reunido com o prefeito. Agora a pouco recebemos a ligação do senhor Rodolfo informando que foi surpreendido com o pedido que a Rosa fez de rescisão de contrato. Ele nos informou que vai se reunir com a Procuradoria Geral do município, e ainda nesta manhã nos dará retorno. Na reunião pontuamos que as vans não atendem a demanda da zona rural, e também porque a zona rural exige os ônibus como a gratuidade, a acessibilidade, espaço para as mercadorias, e a integração, além do cartão Via Feira. Sobre a liminar, nenhum oficial de justiça esteve aqui. O que queremos é retornar para as nossas casas, mas com a solução do problema”, informou ao Acorda Cidade o morador José das Virgens, um dos manifestantes.

Informações; Acorda Cidade

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