‘É um furacão’: vídeo de mulher narrando tempestade em baianês viraliza

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A gente sabe que baiano é outro nível. Não somos modestos, ainda mais quando se trata de características tão singulares, como nosso próprio ‘dialeto’. O escritor Nivaldo Lariú (y) documentou – e ainda documenta – toda essa peculiaridade no Dicionário de Baianês, melhor livro do mundo já que fala, só e somente só, da Bahia.

Mas duvido eu que Lariú (lá ele) pudesse prever a narração de um fenômeno climático em baianês. Com toda a chuva da desgrama que caiu na quarta-feira (22) em Salvador, pipocaram vídeos e vídeos registrando o ‘furacão Manoel’ – furacões têm nomes de pessoas e, sem modéstia, batizei esse em homenagem à Avenida (Manoel) Pinto de Aguiar, que fica próxima ao ginásio da Unirb, em Patamares, de onde várias telhas voaram.

A maioria das narrações era de espanto, mas a do vídeo abaixo captura toda a essência do baiano, que não sabe se ri, se chora, se esculhamba os outros, se cuida da segurança ou, simplesmente, a ignora em nome de não parar de filmar. A narradora ainda é anônima, mas por favor, apareça. Na moral, que eu quero lhe dar os parabéns. Você é um talento!

Leia a transcrição [contém vários palavrões] e veja o vídeo em seguida:

‘É o ciclone chegando com tudo, viu? Óia! Caiu uma porra aqui do prédio. Gente… Ó, ó, ó… Putaqueopariu! Olha! Êta, porra! Socorro! Aaauuu! Gente, é o furacão mermo, velho. Que porra é essa, velho? Pipocou ali. É o ciclone. Putaqueopariu. Eu tô só nessa porra, o povo tá gritando aqui. Eu vou é sair dessa janela. Rapaz, que porra é essa? Pior que eu não quero parar de filmar. Óia, a árvore caiu, velho. Que disgraça! Quem tá na rua se fudeu, viu? Meu Deus do céu! Ra-paz, botou pa fudê. Faltou energia de novo. Gente do céu. Olha isso! Eu acho isso massa, ó. Olha isso, gente! Ó os trovões…”

https://youtu.be/fIPCX4j4tn4

Fonte: Correio

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