Deputado Federal Abílio Santana processa MBL e pede indenização de R$ 50 mil

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O deputado federal Abílio Santana (PL) ingressou com uma ação judicial contra o Movimento Brasil Livre (MBL), após uma publicação no site oficial do grupo, apontada pelo parlamentar como sendo uma “fake news”. O site BNews teve acesso ao processo. O baiano é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e integra a tropa do chamado “centrão” no Congresso Nacional.

A matéria trazia a suposta informação de que Abílio estaria negociando o cargo da presidência da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), com o objetivo de obter vantagens. A ação indenizatória por danos morais acusa o grupo político de divulgar uma mensagem de voz atribuída a Abílio em que ele estaria supostamente negociando o cargo. 

A fala foi compartilhada via áudio por WhatsApp. “Abílio é do partido de Valdemar da Costa Neto, preso no mensalão, que já está para receber o Banco do Nordeste de Bolsonaro. Agora o parlamentar da bancada evangélica também quer uma estatal para chamar de ‘sua'”, dizia um trecho do texto, que foi removido da página.

A defesa do deputado argumenta que a matéria foi usada para fazer acusações “infundadas e nitidamente tendenciosas”. “O grupo político, de forma baixa, utilizou um áudio para descaradamente deturpar fatos e tentar sujar minha imagem, em ilações descabidas. Isso é crime e não vou deixar barato. Agora, vão ter que responder judicialmente”, afirmou em nota. 

O deputado ressaltou, ainda, o seu posicionamento favorável ao presidente Jair Bolsonaro. “Sou bolsonarista declarado, e isso incomoda a muito gente. Não tenho telhado de vidro. E o nosso governo não se submete ao toma lá dá cá em nenhuma hipótese”, concluiu.

O processo pede que o MBL se retrate e ainda requer uma indenização de montante não inferior a R$ 50 mil. A ação é endereçada ao deputado federal Kim Kataguiri (DEM), fundador do grupo.

Outro lado
Procurado pelo BNews, o porta-voz do MBL Bahia, Siqueira Costa Júnior, disse que foi ele que repassou o áudio para a direção nacional do grupo. “Faço parte de dois grupos de WhatsApp que o pastor Abílio está. Recebi uma ligação de uma pessoa com um áudio do pastor Abílio conversando com alguém. O áudio parecia que ele estava negociando alguma coisa, que não é nada ilícito, um cargo na Funasa, passei para a direção do MBL e eles analisaram, tiraram as conclusões e fizeram a matéria”, declarou o ativista, que se diz “amigo” do deputado. 

“Não tem fake news. Tenho um print em que ele assume que o áudio foi vazado daquele grupo. É um direito que cabe a ele processar. Agora, se perder, vou curtir com a cara dele. E ele vai ter que pagar as custas”.

Kim Kataguiri não foi encontrado pela reportagem.

Fonte: BNews

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