Depois de Criciúma (SC), cidade do Pará vive madrugada de medo

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Cidade do interior do Pará foi alvo de ação parecida com a de Criciúma na madrugada desta quarta-feira (2/12). A ação foi realizada por pelo menos 10 criminosos que assaltaram uma agência do Banco do Brasil em Cametá, cidade a 235 km de Belém. A quadrilha utilizou reféns como escudo humano e atacou o 32° Batalhão da Polícia Militar do Pará.

Um dos reféns, identificado como Alessandro de Jesus Lopes Moraes, foi morto. Outro morador foi atingido na perna e está internado, mas sem risco de morte. Os assaltantes começaram a ação por volta da meia-noite desta quarta-feira, com armas de alto calibre, como fuzis, e também explosivos. Ao todo, o assalto durou cerca de 1 hora e meia.

Os bandidos utilizaram a mesma tática aplicada em Criciúma: ataque ao batalhão de polícia para impedir a saída dos policiais e o uso de reféns como escudo. A fuga foi feita com carros e também barcos (Cametá está localizada às margens do Rio Tocantins).

Pelas redes sociais o atual prefeito, Waldoli Valente, lamentou a morte de Alessandro e disse confiar nas forças de segurança do estado para retomar a paz e a segurança de Cametá. “Nossa cidade sempre foi pacífica e peço a todos que fiquem em casa”, escreveu.

O governador do estado do Pará também se manifestou e disse que não serão medidos esforços para que os criminosos sejam presos e a tranquilidade volte para a cidade. “Minha total solidariedade ao povo camataense”, finalizou.

“Novo cangaço”

O especialista em segurança pública Leonardo Sant’Anna explica que crimes como os ocorridos em Criciúma e Cametá não são comuns, pois necessitam de altos investimentos. “É preciso um grande investimento e um longo planejamento. E as armas, munições e demais materiais para realizar o crime são difíceis de serem adquiridos”, ressaltou.

Esse tipo de ação criminosa, segundo ele, é conhecida como “novo cangaço” e se caracteriza pelas ações rápidas, com muitos disparos e violência, com uso de reféns e explosivos.

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