De amputação a Aids: os possíveis riscos de fazer as unhas

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Cuidados com as unhas, pele, cabelos são parte da rotina de vaidade de muitas mulheres. Mas nem sempre os esforços são devidamente recompensados, e podem acabar custando mais do que algumas horas no salão. Esse foi o caso de uma australiana que quase perdeu o dedo após colocar unhas de acrílico.

A denúncia viralizou nas redes sociais e alertou para os perigos da exposição a ferramentas não esterilizadas. “A dor estava tão forte que fui ao hospital em uma noite e, no fim do dia, disseram que teria que fazer uma cirurgia para remover a infecção. Mas, o procedimento teve de ser adiado e, no dia seguinte, estava tão ruim que meu dedo explodiu e voou pus para todo lado. Por pouco, não perdi meu dedo”, escreveu a mulher.

Mas os riscos não param por aí. Além de infecções, o uso de materiais compartilhados sem a devida higienização pode transmitir doenças mais graves, como explica a dermatologista Fernanda Nichelle.

“As principais são a Aids e a hepatite C, que são bem graves e podem, sim, ser contraídas pela falta de esterilização de materiais contaminados. Há também as bactérias e os fungos, que são muito comuns nesse troca-troca de materiais”, diz a médica. “Se você tem um cortezinho, já é o suficiente para a bactéria entrar. Fungos não precisam nem de corte, só o contato muitas vezes já é suficiente para eles se instalarem”, explica.

Apesar de assustarem, essas situações podem ser evitadas se as pessoas tomarem alguns cuidados básicos, que incluem não usar frequentemente unhas postiças e de acrílico.

“A gente sabe que as mulheres estão gostando muito de unhas assim, mas é importante que elas usem apenas para uma festa, por exemplo, e assim que possível as retirem. Muitas vezes essa unha pode encobrir uma infecção que está nascendo e que ainda não tomou conta dos dedos, como aconteceu com a australiana”, alerta a dermatologista.

Veja outras medidas para evitar problemas com procedimentos nas unhas, segundo a dra. Fernanda Nichelle:

• Sempre fazer os procedimentos em locais que tenham uma autoclave (máquina de esterilização) em perfeito estado e autorização da vigilância sanitária para operar;
• Escolher profissionais capacitados para realizar os procedimentos;
• Ter a garantia de que o material a ser usado foi esterilizado;
• Não emprestar as suas ferramentas para outras pessoas;
• Ter o próprio kit de materiais (ideal).

Fonte: R7

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